Segundo o Plano, assinado pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, até 2017 o País tende a diminuir o desmatamento com metas quadrienais, o que deve evitar a emissão de 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). Isso é mais do que o esforço de todos os países desenvolvidos. A Inglaterra, por exemplo, quer reduzir 80 % até 2050, comemorou o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente.
Essa meta significa uma redução de 72% em relação à média de desmatamento entre 1996 e 2005, que é de 19 mil km². Reduziremos 40% no primeiro quadriênio e 30%, no segundo e 30%, no terceiro quadriênio, chegando a cinco mil km² em 2017, explicou Minc. Ele apresentou o Plano aos representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
No Brasil, o desmatamento e as queimadas são responsáveis por 75% das emissões de gases causadores do efeito estufa. Segundo Minc, o estabelecimento de metas de redução de emissões, que enfrentava resistência no governo brasileiro, só foi possível porque mudou a relação política dentro do governo e a percepção da sociedade e de outros segmentos sobre o tema. O bom de ter meta é que cada um tem que fazer sua parte, disse Minc ao afirmar que não só o governo federal, mas a sociedade como um todo tem de assumir seu papel, suas responsabilidades e trabalhar para que os objetivos do plano sejam alcançados.
O ministro informou ainda que o Plano passará por avaliações anuais, para fazer ajustes necessários e avaliar o desempenho. Segundo Minc, há também metas importantes de redução associadas ao etanol e ao biocombustível que, em 15 anos, vão significar a redução de 508 milhões de toneladas de CO2. Queremos ampliar em 11% ao ano a participação desses combustíveis na nossa matriz, afirmou.
Ele disse ainda que somado ao esforço de combate ao desmatamento haverá estímulo a políticas de incentivo para uso de energias limpas e de automóveis que emitam e gastem menos combustível; à reciclagem, além de metas importantes para redução do desperdício de energia.
Aumento do número de árvores plantadas é outro objetivo importante do Plano. Queremos passar de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões de hectares em 2017, sendo dois milhões de nativas, informou Minc.
O passo seguinte é a definição de metas setoriais com compromissos por setor e por região. No início de 2010 o Plano deverá passar por uma revisão, incorporando novas sugestões e os dados do novo inventário de emissões que está em elaboração pelo Ministério de Minas e Energia.
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