Novos genes ligados à esclerose múltipla foram descobertos ppelos cientistas americanos e britânicos. O último achado do tipo foi há três décadas, e o avanço dá novo alento à perspectiva de que essa misteriosa doença, na qual podem estar envolvidos mais de cem genes, possa ser compreendida e tratada adequadamente.
Os pesquisadores afirmam que a descoberta, publicada nas últimas edições dos periódicos "New England Journal of Medicine" e "Nature Genetics", não levará a nenhum tratamento ou teste para a enfermidade, mas mostra que o rastreamento dos genes ligados ao problema podem de fato ser rastreados.
A esclerose múltipla surge quando o sistema imunológico resolve atacar as camadas protetoras dos nervos, destruindo-as. Com isso, perde-se também a habilidade de enviar sinais nervosos para o corpo. Isso leva a fraqueza muscular, espasmos e tremores, dificuldades de equilíbrio e problemas de fala e visão.
"Isso termina 30 anos de completa frustração", disse Stephen Sawcer, da Universidade de Cambridge, à rede britânica BBC. "Mas agora nós finalmente temos a tecnologia que irá nos ajudar a encontrar esses genes."
A pesquisa do grupo de Sawcer rastreou os genomas de pacientes com esclerose múltipla à procura de diferenças genéticas que pudessem responder pela condição. De posse dos resultados, os cientistas concluíram que pessoas que possuem duas variantes genéticas, denominadas IL7R-alfa e IL2R-alfa, tinham um risco 20% a 30% maior de desenvolver a doença.
O número não é muito alto, e a justificativa é a complexidade da doença, que envolve a interação de muitos genes diferentes. "Estimamos que haja entre 50 e 100 outros genes que tragam risco adicional", afirmou Sawcer. "Esses descobertas são as primeiras de muitas, e depois de três décadas sem achar nada esperamos encontrar muitos mais desses genes nos próximos anos."
Fonte G1
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