Segundo uma série de estudos publicados pela revista médica New Scientist mulheres com implantes de silicone nos seios têm entre duas e três vezes mais probabilidade de cometerem suicídio.
Os estudos incluem uma pesquisa americana que acompanhou 13 mil mulheres e um estudo canadense, com 24 mil pacientes. Esses dois estudos inicialmente procuravam supostas ligações entre os implantes de silicone e doenças como câncer e problemas do sistema imunológico.
"A única descoberta consistente de todos os estudos foi a inesperada ligação com o suicídio", disse Joseph McLaughlin, diretor do Instituto Internacional de Epidemiologia em Rockville, nos Estados Unidos, que coordenou alguns dos estudos.
A razão deste facto ainda não é sabida.
Uma das hipóteses dos cientistas é que as mulheres que sentem a necessidade de fazer a cirurgia têm mais chances de sofrerem de problemas psiquiátricos e tendências suicidas. Esses problemas não seriam detectados, ou seriam ignorados por cirurgiões, colocando essas mulheres sob maior risco. Das mulheres com implantes que cometeram suicídio, metade havia passado por instituições psiquiátricas antes da cirurgia.
Outro problema comum entre pessoas que passaram por cirurgias plásticas é o transtorno dismórfico corporal (TDC), em que os pacientes são obcecados por falhas pouco perceptíveis ou inexistentes de sua aparência física. Cerca de três quartos das pessoas com TDC buscam intervenções como cirurgias plásticas e procedimentos dermatológicos. Segundo os cientistas, os pacientes com TDC tem um risco muito maior de se auto-mutilarem, e por isso mais riscos de se matarem.
Outra teoria, mas que é considerada muito remota, é que vazamentos nos implantes poderiam alterar a química do cérebro, despertando tendências suicidas em algumas mulheres.
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