A depressão afeta entre 2% e 5% da população nos países desenvolvidos. Um grupo de cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS) descobriu que a inibição de um gene acaba com os sintomas da depressão.
Os pesquisadores chegaram a esta descoberta a partir da análise de ratos geneticamente modificados, que resistiram a "situações de estresse que levam a um estado próximo à depressão", como se fossem "ratos normais que tivessem sido tratados com antidepressivos", afirmou CNRS .
Além de ajudar no desenvolvimento de um novo tratamento contra a depressão, a inibição do gene pode levar ao desaparecimento completo da doença, duas vezes mais freqüente em mulheres do que em homens.
Os antidepressivos, que melhoram o estado de 70% dos pacientes com depressão, só levam ao desaparecimento total da doença em 30% dos casos.
O trabalho, cujos resultados serão publicados no próximo sábado na revista "Nature Neurosciences", mostra que se pode produzir geneticamente resistência à depressão.
Os ratos geneticamente modificados das experiências "se reproduzem, crescem e se comportam como ratos normais".
O gene inibidor está presente em um canal iônico (proteína da membrana que participa da geração de sinais elétricos nas células nervosas) que se encontra em todas as regiões do cérebro relacionadas à depressão
Na maioria dos casos, a doença resulta da interação entre uma predisposição genética e fatores ambientais, como o estresse e os traumas emocionais.
O estudo foi realizado por uma equipe do Instituto de Farmacologia Molecular de Sófia Antipolis, do CNRS e da Universidade de Nice (sudeste da França), em colaboração com equipes de Paris e Montreal (Canadá).
EFE
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