A OMS reagiu aos resultados de uma pesquisa em novos estirpes de Tuberculose com uma reunião em Johanesburgo na África do Sul (7 e 8 de Setembro) onde irá estudar as formas para abordar o flagelo de uma forma virulenta de Tuberculose Multi-Resistente (MDR-TB, ou MultiDrug Resistant TB), chamado XDR-TB..
Este estirpe de TB não é novo, pois nas últimas duas décadas muitos doentes com SIDA, entre outros, desenvolveram formas resistentes desta doença e de outras, devido ao facto de iniciarem e interromperem tratamentos, tornando os bacilos cada vez mais resistentes, e a doença por estes doentes transmitida é a forma resistente.
Tem a ver por isso principalmente com o mau funcionamento de programas de tratamento de Tuberculose.
As duas drogas principais utilizados com sucesso contra o Bacilos de Koch (TB) são isoniazid e rifampicin, e estas são praticamente inúteis contra a XDR-TB, tal como pelo menos três das drogas de segunda linha. Tuberculose mata cerca de 1,7 milhões de pessoas todos os anos e doentes com este estirpe ficam muito difíceis de tratar.
O MDR-TB foi identificado em todas as regiões do Mundo, sendo mais prevalente na ex-URSS e na Ásia. A forma mais patogénica e difícil de tratar deste estirpe de TB (XDR-TB), está presente em 19 por cento dos casos de MDR-TB na Letónia e 4 por cento dos casos nos EUA. Em KwaZulu, 52 dos 53 doentes infectados com XDR-TB morreram dentro de 25 dias, apesar de estarem a tomar drogas anti-retrovirais (Tratamento ART).
A ameaça é muito grave para as populações que vivem com VIH/SIDA, cujos sistemas imunológicos estão já debilitados.
As medidas a serem tomadas serão debatidas em África do Sul nos seguintes dias, mas para já a OMS declara que é necessário fortalecer os cuidados básicos em doentes com TB, garantir uma prognose rápida, prevenir a transmissão, aumentar a colaboração entre programas de tratamento de VIH/SIDA e TB e melhorar as infra-estruturas para a gestão de casos multi-resistentes.
Cristina GARCIA
PRAVDA.Ru
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