O assunto sobre os mísseis russos Iskander pode entrar na agenda da Cúpula Rússia União Européia que se realizará dia 14 de novembro em França, informa Ria-Novosti, citando uma fonte diplomática européia.
A agenda da Cúpula ainda não inclui o tema de mísseis , mas tudo pode ser revisado, disse a fonte. Os EUA tem planos de instalar 10 mísseis interceptores no território da Polônia e construir um radar de alerta antimíssil na República Checa, motivando com a necessidade de responder a um possível ataque do Irã.
Entretanto ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou ontem (11) que se os EUA se desistirem do seu plano a Rússia abandonará os projetos de instalar mísseis em seu território de Kaliningrado, às portas da UE.
"Nós dissemos, pela voz do nosso presidente, que se a terceira zona de posicionamento antimísseis for criada, uma das nossas medidas para neutralizar a ameaça à segurança da Rússia será a instalação do sistema de mísseis Iskander em Kaliningrado", disse Lavrov.
Segundo ele, os mísseis serão instalados em Kaliningrado "somente se a terceira zona de posicionamento antimísseis tomar forma".
Segundo as informações do Governo polaco , o presidente eleito dos EUA Barack Obama, estaria disposto a realizar o projeto de instalação de escudo antimísseis. Mas um conselheiro de Obama afirmou que o presidente eleito não se comprometeu em o continuar. A posição da República Checa também poderia alterar-se.
Nesta segunda-feira, os prefeitos de 15 cidades checas se pronunciaram sua oposição aos planos de Washington de instalar um radar de alerta antimíssil na República.
Nos últimos anos Moscou paulatinamente elevou o nível de sua resistência contra a instalação do escudo antimísseis na Europa do Leste, desde as declarações sobre a falta de um diálogo normal sobre o assunto , até as ameaças diretas sobre a necessidade de contraposição a esse sistema com ajuda de recursos militares.
Para o governo russo são incompreensíveis as razões por quais os EUA não querem instalar o escudo mais perto às fronteiras do Irã, por exemplo, na Turquia. Os alvos mais prováveis dos mísseis que seriam instalados na Polônia serão as divisões 28,54, e 60 das Forças Estratégicas da Rússia localizadas ao sul dos Urais.
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