O presidente da Rússia Dmitri Medvedev advertiu sobre deslocamento dos mísseis táticos Iskander em Kaliningrado o encrave russo entre a Polônia e Lituânia, em resposta ao escudo antimísseis dos Estados Unidos na Europa do Este. Para poder neutralizar caso aparecer a necessidade , o sistema antimísseis, em região de Kaliningrado será posicionada o sistema dos mísseis Iscander, declarou Medvedev em um discurso com a mensagem anual sobre o estado da nação em Parlamento.
Os sistemas móveis Iskander (SS-26, segundo a classificação da OTAN) estão dotados de mísseis táticos com um alcance de entre 50 e 300 quilômetros e podem ser os portadores de várias cargas de até 480 quilos. A Rússia também posicionará em Kaliningrado material eletrônico para interferir no funcionamento do sistema de mísseis americanos, acrescentou.
O presidente informou que também ordenou cancelar os planos anteriores para retirar de serviço três unidades da divisão de mísseis de Kozelsk , na parte ocidental do país.
São medidas forçosas. Declaramos vários vezes a todos nossos sócios que desejamos manter uma cooperação positiva e atuar juntos contra as ameaças comuns , mas lamentavelmente não nos querem ouvir, declarou.
Medevedev revelou que por contrário, os EUA continuam com seus planos de deslocamento do escudo antimíssil , enquanto a OTAN cerca de bases a Rússia. Temos uma impressão forte que estão examinando nossa firmeza. Mas quero declarar que somos perfeitamente capazes para garantir a segurança dos cidadãos russos, disse.
Por outro lado o presidente propôs uma emenda à Constituição para que seja possível alargar o mandato do chefe de Estado de 4 a 6 anos. Além disso, afirmou que a Rússia insistirá em uma reforma radical do sistema econômico mundial.
"As lições da crise de 2008 mostraram a todas as nações que é preciso agir. É preciso reformar de modo radical os sistemas político e econômico (mundiais). A Rússia, pelo menos, insistirá nisso", disse.
Ao mesmo tempo, admitiu que a crise econômica "ainda está longe do fim".
No âmbito interno, Medvedev considerou "inadmissíveis" as demoras na aplicação de medidas contra a crise.
"Chamo especialmente a atenção do Governo, do Banco da Rússia e de todas as organizações estatais", advertiu.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter