As autoridades da Rússia descartam a versão de um atentado terrorista entre as causas da queda do avião Boeing 737-500 que causou este domingo a morte de 88 passageiros e tripulantes. O acidente ocorreu na cidade de Perm, nos Urais .
Segundo os serviços secretos da Rússia, no lugar do acidente do avião Boeing -737 em Perm não se encontraram índices de um atentado terrorista, disse o ministro russo de Transporte, Igor Levitin, ao comentar as conclusões preliminares de uma comissão estatal que investiga as causas da tragédia. Levitin disse que até o momento ,a versão de alguns depoimentos de testemunhas, de avião explodir e incendiar no ar, ainda não está comprovada.
O controlador da torre localizada em Perm que acompanhou o avião fala sobre um comportamento não adequado do piloto, que não executava suas ordens.
Os restos do aparelho Boeing estão espalhados em um raio de quatro quilômetros, muito perto de umas casas, em uma região dentro dos limites de Perm. O avião caiu sobre a linha férrea do Transiberiano, o que obrigou a suspender o tráfego no trecho Yekaterimburgo-Perm.
Pelo visto, os pilotos tentaram evitar um choque com as casas.
Vladimir Markin, porta-voz da Promotoria da Rússia declarou que no avião acidentado estavam 88 pessoas: 83 passageiros, deles sete crianças, e cinco tripulantes. Morreram 21 estrangeiros : cidadãos de Ucrânia, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Letônia, Suíça e Turquia.
Além disso morreu na catástrofe o famoso general russo Guennadi Tróshev, comandante das tropas russas durante a Guerra na Chechênia. Os interessados podem adquirir a informação pelo número telefónico (342) 263-11-36 em Perm. O ministério de Emergências publicou a lista dos passageiros que se encontravam em Boeing -723.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, logo após ser informado da catástrofe aérea, ordenou a criação de uma comissão governamental liderada pelo ministro de Transporte, Igor Levitin, que se dirigirá nas próximas horas a Perm para investigar as causas do acidente.
A porta-voz do Ministério de Emergência disse que cerca de 300 especialistas trabalham no lugar onde o avião de passageiros caiu.
"Contamos com o pessoal e os recursos necessários na zona da tragédia. Em vista disso, enviaremos de Moscou a Perm apenas uma equipe de psicólogos do Ministério para atender aos familiares das vítimas", disse Andrianova.
O acidente em Perm é a maior catástrofe aérea russa desde agosto de 2006, quando um avião Tu-154 da companhia aérea Pulkovo, que realizava vôos entre as cidades russas de Anapa e São Petersburgo, caiu junto à cidade ucraniana de Donetsk quando tentava fugir de uma tempestade.
Nessa catástrofe morreram todos os ocupantes de avião: 160 passageiros e 10 tripulantes.
O aparelho acidentado em Perm pertencia a Aeroflot-Nord, filial regional da Aeroflot, que em sua frota contava com 10 aparelhos Boeing 737-500.
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