O ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrov negou ontem que a Rússia seja uma "ameaça", idéia que tachou de "mito" idealizado pela imprensa ocidental.
"Estamos acompanhando a reação da imprensa estrangeira ao rápido renascimento da Rússia como uma das principais potências mundiais.
Certos círculos políticos no Ocidente não estão preparados para tal evolução dos eventos", disse. Ao discursar perante professores e alunos do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, Lavrov assegurou que A Rússia jamais fará parte de novas santas alianças contra quem quer que seja.
Continuará a desempenhar um papel equidistante nos assuntos internacionais.
Além disso, afirmou que o escudo antimísseis americano e o problema do Kosovo fazem parte do que chamou "a linha vermelha" da política externa russa.
"Deve entender-se que na política externa russa de não confronto existem as chamadas 'linhas vermelhas': quando existe uma ameaça real para a segurança nacional ou a ordem internacional vigente", apontou.
Em relação a estes assuntos, Lavrov asseverou que a "Rússia não negocia e isso deve ser compreendido pelos parceiros internacionais".
"Não vale a pena se apressar e tomar decisões que conduzam ao confronto, seja em relação ao escudo, Kosovo ou a ampliação da Otan", assinalou.
Lavrov manifestou que "ninguém quer se encontrar em uma situação na qual tenha de começar do zero em algo tão importante como o traçado da arquitetura da segurança européia".
A Rússia se opõe categoricamente aos planos americanos de desdobrar elementos estratégicos do escudo antimísseis na República Tcheca (radar) e Polônia (mísseis interceptores).
No 15 de setembro, em Baku, acontecerão as consultas trilaterais na Rússia, Estados Unidos e Azerbaijão para o uso conjunto da estação de radar de Gabalá, situada a poucos quilômetros da fronteira com o Irã.
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