A Rússia não apoiará o plano da ONU para Kosovo se ele ignorar os interesses da Sérvia, declarou hoje (21) o ministro dos Negócios Extrangeiros russo Serguei Lavrov na Duma, a cámara baixa do parlamento russo.
Qualquer coisa se ser inaceitável para uma das partes será também inaceitável para nós, explicou Lavrov.
Isto significa que Rússia vai recorrer ao direito de veto na votação do problema do Kosovo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. É lógico que Moscovo assuma uma atitude negativa em relação ao plano publicado por Martti Ahtisaari, enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas, sobre o futuro status do Kosovo.
Dias atrás, umas fontes oficiais em Moscovo declararam julgar prematura a decisão de Martti Ahtisaari de interromper as conversações com a Sérvia e o Governo albanês do Kosovo e encaminhar seu plano às Nações Unidas.
Importa prosseguir consultas imparciais para chegar a uma decisão comum apontaram essas fontes. Ahtisaari rejeita.
Na edição desta quarta-feira, o jornal francês Le Mond afirma ter tido acesso ao relatório confidencial e que Ahtisaari defende que "a independência sob vigilância internacional é a única solução possível" e que é "impensável manter uma administração internacional".
Há oito anos que o Kosovo é administrado pela ONU, com a ajuda de 17 mil soldados da NATO. Durante 14 meses de negociações entre sérvios e albaneses, Ahtisaari não usou a palavra independência, mas relembra que a sua proposta foi interpretada como tal.
Em Fevereiro, propôs um Kosovo soberano sob controlo de uma missão europeia, com uma constituição, bandeira, hino e representação em instituições internacionais.
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