Segundo relatório do Congresso americano, em 2005 a Rússia superou os EUA em venda de armas aos países em vias de desenvolvimento, graças aos contratos assinados com nações como o Irã, a China e a Índia. Os EUA não eram superados nesta esfera desde 1999. Em 2006 a tendência de crescimento da venda de armamentos russos manteve-se . A Rússia ganhou neste setor de exportação cerca de seis mil milhões de dólares , escreve o semanário russo Kommersant-Vlast.
A Rússia assinou com a Argélia e a Venezuela contratos de 7,5 e 3 mil milhões respectivamente. As forças armadas argelinas irão receber 28 caças SU-30MKA, 38 Mig-29SMT e Mig-29UBT, 16 aviões de treino Iakovlev Iak-130, 8 conjuntos de sistemas anti-aéreos S-300PMU-2 e 180 tanques T-90S. Além disso, a Marinha de Guerra argelina encomendou a estaleiros russos dois submarinos do projecto 636.
A Venezuela adquiriu na Rússia 24 caças multifuncionais SU-30MKV, 38 helicópteros de diferentes modelos, 100 pistolas automáticas AK-103 e oficinas de produção de metralhadoras e munições. A tudo isso somam-se os compromissos contratuais com Moscovo em 2007, que rondam os 24 milhões de dólares, sendo a sua estrutura melhorada tanto pela variedade de produtos, como pelo número de Estados compradores.
Importantes contratos foram assinados também com clientes tradicionais. A China adquiriu um novo lote de oito sistemas anti-aéreos S-300PMU-2 no valor de mil milhões de dólares. A Ìndia fechou com a Rússia um contrato de construção de três fragatas do projecto 11356 por 1,6 mil milhões de dólares, ao mesmo tempo que o Vitname comprou dois navios Guepard-3.9 para a guarda-costeira e o sistema de mísseis costeiros Bastion.
2005 foi o ano do aumento brusco de fornecimentos material bélico marítimo, enquanto que em 2006 se registou a recuparação da nomenclatura mais tradicional de vendas de armamentos, metade das quais foi constituída por exportações de aparelhos para a aviação militar. Nos finais do ano passado, Moscovo entregou a Caracas o primeiro lote de quatro caças multifuncionais SU-30MK2V e a Argel os dois primeiros Mig-29SMT e dois Mig-UBT. A Índia recebeu 15 dos 140 lotes de equipamentos para os caças SU-30MKI, que, segundo o contrato assinado em 2000, serão produzidos nesse país.
Manteve-se igualmente a exportação de helicópteros. Os principais clientes foram a China e a Venezuela. Caracas recebeu seis helicópteros MI-17V-5, três MI-172, oito MI-35 e um MI-26T, no valor total de 270 milhões. A China recebeu os primeiros doze MI-171 dos 24 aparelhos de combate a incêndios encomendados em 2006. Foram assinados contratos com a República Checa, Iraque, Sudão, México, Coreia do Sul e Espanha.
No segmento marítimo, destacam-se a entrega à China do último dos oito submarinos do projecto 636 encomendados e o segundo dos três destroyers do projecto 956EM. A Índia recebeu três rampas de lançamento vertical para os sistemas de mísseis anti-barco Club-N e dois aviões caça-submarinos modernizados Iliushin Il-38SD. Vietname e Coreia de Sul receberam lanchas de guerra.
O acontecimento mais importante do ponto de vista económico, político e militar no campo da venda das armas foi o fornecimento ao Irão de 29 sistemas de mísseis anti-aéreos Tor-M1 no valor de 700 milhões de dólares.
Bielorrússia, Síria, Índia e Marrocos estiveram também entre os maiores aquisidores de material bélico anti-aérea.
A Rússia exportou também armamentos para as tropas terrestres, destacando-se a venda de 60 blindados ao Bangladesh e Indonésia e de 48 veículos blindados para o Uruguai.
O desejo de comprar o armamento russo em 2007 expressaram Angola, Arábia Saudita, Argentina ( helicópteros,naves de patrulha de alto mar) .
Com Lusa
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