A Rússia apareceu este ano no Forum Mundial de Davos com a imagem de um pais estável e forte, atrativo para investimentos.
A delegação russa chefeada pelo Dmitri Medvedev, vice-primeiro ministro do Governo russo e um dos mais fortes candidatos à sucessão de Vladimir Putin no cargo de Presidente da Rússia em 2008 foi composta entre outros por ministro do Desenvolvimento Económico, German Gref, o vice-presidente da Gazprom, Alexander Medvedev, presidente da Rosneft, Serguei Bogdantchikov, e governadora de São Petersburgo ,Valentina Matvienko.
No sábado , declarado em Davos como o Dia Russo , Dmitri Medvedev anunciou, que o seu país, até finais de 2007, ultrapassará a Arábia Saudita e ocuparará o primeiro lugar no mundo quanto à extracção de petróleo, conservará a primazia também na extracção de gás natural e o quarto na produção de energia eléctrica.
Dmitri Medvedev assinalou que a Rússia de hoje é um país completamente diferente em comparação com década 90, especificando que desde 2000 que o PIB cresceu 60%, ou quase 7% ao ano, o salário médio mensal já ultrapassou os 400 dólares, a inflação já é inferior a 9% e a dívida é inferior a 20% do PIB.
Com o PIB maior de um trilhão de dólares Rússia deslocou-se em 2006 para o nono lugar no ranking mundial. Medvedev não exclui que nos próximos dois anos, a Rússia ultrpassará, quanto ao Produto Interno Bruto, países como Itália, França e Grã-Bretanha, ocupando o sexto lugar no mundo.
Medvedev declarou também, numa alusão clara às relações com os países vizinhos, que a Rússia deixou de fornecer gás em condições favoráveis. Não haverá mais gás grátis para ninguém sublinhou o vice-primeiro-ministro russo, e acrescentou: sendo parte da economia europeia e mundial, a Rússia deve optar as regras vigentes na Europa e em todo o mundo.
Medvedev tornou públicas as suas posições sobre o papel do Estado na direcção da economia e sobre os princípios da democracia na Rússia.
O papel do Estado na economia deve ser utilitário e pragmático. Se a sua participação não é indispensável, o Estado não deve participar nesses processos precisou um dos mais populares políticos russos, e acrescentou: Hoje, construímos novos institutos baseados nos princípios fundamentais da democracia plena.
Uma democracia sem mais definições desnecessárias. Uma democracia eficaz, fundamentada nos princípios da economia de mercado, da supremacia da lei e do controlo do poder por parte da sociedade.
Com Lusa
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