Na sede de Gazprom em Moscovo estão continuando as negociações sobre o fornecimento do gás à Bieloússia em 2007. Na véspera do ultimato dado a Minsk para aceitar a subida dos preços do gás, Rússia e Bielorrússia até o meio dia do domingo não conseguiram concordar os preços.
O vice-primeiro ministro bielorusso, Vladimir Semachko, a encabeçar delegação bielorussa disse ontem que estavam próximos de um acordo, mas o monopolista russo Gazprom desmentiu a notícia.
Minsk diz concordar com a subida dos preços cobrados pelo gás russo em 2007 dos 46 para os 100 dólares por mil metros cúbicos, mas quer mais tempo para negociar tarifas para os anos seguintes. Moscovo quer 105 dólares por mil metros cúbicos de 2007 a 2011. Uma metade deste preço Moscovo está de acordo ser paga em ações da Beltransgaz ( transportadora do gás bielorussa).
As discussões deverão prosseguir este domingo, já em "contra-relógio". No primeiro dia de 2007, a empresa russa (uma das maiores do mundo, responsável por 20% da produção mundial de gás natural) deverá cortar o fornecimento aos consumidores bielorrussos.
A Bielorrússia, que tem apenas dez milhões de habitantes, fala em "chantagem", recusa o aumento e, por seu turno, ameaça cortar a passagem da matéria-prima nos gasodutos que passam pelo seu território, rumo à Europa ocidental.
Ontem, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukachenko, disse que recusa "ceder à chantagem" e ameaçou resistir. "Se a chantagem continuar", prometeu, "vamos abrigar- -nos em bunkers".
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter