Diretor do FSB elogia Argentina e censura Dinamarca

 Esta quarta-feira (20) na Rússia  se comemora o Dia de Chekista (do  agente  do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB). Ná véspera o diretor do FSB , Nikolai Patrushev ( na foto ao centro), num encontro com dirigentes dos principais meios de comunicação russos informou nesta terça-feira sobre as atividades realizadas pelos serviços secretos neste ano.

Patrushev comunicou que, este ano, o FSB frustrou as atividades de 27 espiões profissionais a serviço de outros países e de 89 agentes de serviços secretos estrangeiros no país, informou a agência "Interfax".

Acrescentou que o FSB detectou sinais de atividade na Rússia de serviços secretos de quase 40 países.

O FSB, acrescentou Patrushev, conseguiu evitar mais de 300 atentados terroristas e desativou mais de 60 artefatos explosivos instalados por terroristas.

O chefe dos serviços secretos russos disse que as forças de segurança do Estado apreenderam em Moscou dois arsenais clandestinos com mais de 60 quilos de explosivos, que tinham sido organizados por Shamil Basayev, chefe militar da guerrilha separatista chechena, morto em julho passado em uma explosão na república da Inguchétia.

Em 2006, segundo Patrushev, foram abatidos mais de cem chefes de grupos armados no Cáucaso Norte, a região mais conflituosa do país.

Afirmou que, desde julho passado, quando o Comitê Nacional Antiterrorista fez pediu que a guerrilha entregasse as armas, 470 pessoas abandonaram a luta armada e entregaram-se às autoridades no Cáucaso Norte. O director do FSB acusou, por outro lado, a Danish Refugee Council, organização não-governamental dinamarquesa que trabalha no Cáucaso do Norte, de tentativas de espionagem no território da Chechénia.

«Não obstante os objectivos oficialmente declarados, os membros dessa organização realizam a recolha de informação tendenciosa sobre a situação sócio-política, económica e militar no Norte do Cáucaso, sobre o estado das relações entre etnias, processos demográficos e migratórios e sobre as possibilidades de aparecimento de novos conflitos armados com base em motivos religiosos e nacionais», disse.

Segundo Patruchev, «foram registadas várias vezes vindas de instrutores da Dinamarca, que têm experiência de realização de trabalho de espionagem».

O diretor do FSB falou sobre a cooperação dos serviços secretos russos com organizações similares de outros países.

Em particular, destacou uma operação conjunta realizada por serviços secretos russos e argentinos que levou à desarticulação de uma quadrilha internacional de traficantes que introduzia cocaína vinda da América Latina na Rússia e nos países da União Européia.


Essa ação permitiu fechar um "canal de contrabando estável e bem encoberto" e deter "tanto os executores do crime como seu organizador", disse Patrushev, citado pela "Interfax".
O chefe do FSB não deu mais detalhes sobre a operação russo-argentina, e informou apenas que houve a apreensão de 13 quilos de cocaína.

 Com Efe

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Author`s name Lulko Luba