Um incêndio na enfermaria feminina num hospício para tóxico-dependentes e alcoólicos em Moscovo esta manhã causou 45 vítimas, presas atrás de uma porta fechada, o que levanta a suspeita que foi fogo posto. No entanto as autoridades estão a estudar outras hipóteses nesta tragédia no Hospital Número 17, no Sul de Moscovo.
Yuri Nenashev, o fiscal chefe dos incêndios, disse que tinha 90 por cento de certeza que foi fogo posto, no entanto o oficial da Câmara de Moscovo, Yuri Syomin, disse que havia outras hipóteses a serem investigadas.
Contudo, a única saída de onde deflagrou o incêndio (num armário de madeira ao lado da cozinha no segundo andar) estava trancada à chave e as janelas estavam fechadas com fechaduras às quais os oficiais do hospital não tinham chave.
Quando os bombeiros chegaram, as mulheres tinham perecido. Estavam amontoadas perto da saída. Contavam 43 mulheres internadas e 2 oficiais do hospital.
Há várias questões sem resposta: se o telefonema aos bombeiros foi feito às 01.30, foi muito tarde e os oficiais do hospital não evacuaram as mulheres desta área quando tinham tempo, enquanto outras 160 pessoas foram conduzidas a um lugar seguro. 10 foram hospitalizadas com intoxicação de monóxido de carbono.
Duas inspecções, em Fevereiro e Março, resultaram numa vistoria que apelou para o fecho temporário da unidade devido a risco de incêndio.
É o pior incêndio em Moscovo há muitos anos. Em Novembro de 2003, um incêndio num lar de estudantes estrangeiros causou 36 mortos e 200 feridos. Em Abril daquele ano, 22 estudantes pereceram num incêndio numa escola de Sibéria e 28 morreram num incêndio numa escola em Daguestão.
Desde a transformação da URSS na Comunidade de estados Independentes, as mortes causadas por incêndios aumentaram em flecha, devido a falta de inspecção e vigilância.
Konstantin KODENETS
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