Representantes da Scotland Yard começaram nesta terça-feira a trabalhar em Moscou nas investigações da morte do ex-agente russo Alexander Litvinenko, vítima de contaminação radiativa. Já foi realizado um encontro com os representantes da Procuradoria russa para elaborar um plano de trabalho. Os detalhes da reunião não foram fornecidos, segundo Interfax.
Segundo o vice-presidente do Comitê de Segurança da Duma , Mikhail Grishankov, o objetivo principal dos detetives británicos em Moscou é receber depoimentos do ex-colega de Litvinenko, Andrey Lugovoy . Eles se encontraram em 1 de novembro antes de aparecerem os sintomas de envenenamento de Litvinenko. Mas Lugovoy está internado num hospital de Moscou.
Se os médicos permitirem Logovoy prestar depoimentos , ele será interrogado , esclareceu hoje na conferência de imprensa o Procurador Geral da Rússia, Yuri Chaika, informa Ria-Novosti.
Mais cedo o Serviço Federal Penitenciário (SFP) da Rússia anunciou que os británicos não poderão ouvir os depoimentos do ex-agente do Serviço Federal de Segurança ( FSB,) Mikhail Trepashkin, que cumpre pena de prisão.
"O SFP não permitirá que um réu condenado por revelar segredos de Estado continue sendo fonte de informação para representantes de serviços secretos de outros países", declarou o porta-voz da instituição, Alexandr Sidorov.
Na véspera, Trepashkin, através de seus advogados entregou aos detetives de Scotland Yard um pedido de depoimento sobre caso de Litvinenko. Neste pedido ele declarou "afirma conhecer informações que podem lançar luzes sobre o assassinato de Litvinenko e está disposto a colaborar". Em 1998, Trepashkin e Litvinenko ofereceram uma entrevista coletiva em Moscou, na qual acusaram o FSB de tentar atentar contra a vida do magnata russo Boris Berezovski, então vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, hoje exilado em Londres e perseguido pela Justiça russa.
Segundo a advogada de Trepashkin ele teria escrito recentemente um e-mail a Litvinenko alertando para a possibilidade de "um ato de vingança". Litvinenko morreu no dia 23 de novembro, em Londres, por causa de uma alta dose de polônio 210, um substância radioativa extremamente tóxica.
Com agências
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