Na véspera da Cimeira UE-Rússia , que tem início na sexta-feira , Moscovo deu resposta ao apoio de Bruxelas à Polônia na sua posição de bloquear as negociações para renovar e ampliar o atual Acordo de Cooperação entre UE e Rússia.
O Serviço de Controle Veterinário e Fitosanitário da Rússia (Rosselkhosnadzor) enviou a correspondência a cada um dos 25 países membros da União Europeio estabelecendo que, a partir de janeiro de 2007, todos os alimentos, quer dizer, não só carnes, exportados para o mercado russo devem estar acompanhados de certificado sanitário pleno, com garantias, inclusive, de estarem livres de resíduos de pesticidas ou produtos químicos usados em qualquer uma das fases de produção.
A preocupasão russa está ligada ao ingresso à UE de Románia e Bulgária que têm estandartes baixos da qualidade, em primeiro lugar de carnes, indica o documento.
Os analistas russos acreditam que os problemas comerciais serão resolvidos de uma ou de outra forma, tais problemas sempre acabam sendo solucionados, mas ao custo de ganhos políticos reais em áreas essenciais.
Há dez dias, Varsóvia anunciou que usaria o direito de veto para bloquear as negociações, caso os russos não levantassem o embargo aos seus produtos agroalimentares e não ratificassem a Carta da Energia.
Moscovo defendeu-se dizendo que não hesitaria em acabar com as restrições quando tais produtos cumprissem as normas necessárias. Mas os polacos acreditam que tal embargo "é político" e pediram uma demonstração de solidariedade aos seus parceiros da UE. A França, através de diplomatas citados pelas agências, fez saber que apoiava a Polónia na exigência de que a Comissão Europeia resolvesse o embargo com a Rússia, apesar de não concordar com o uso do veto.
Ontem à noite, um porta-voz finlandês, citado pela AFP, explicou que a presidência estava a trabalhar em duas declarações destinadas a assegurar aos polacos que a UE tudo vai fazer para obter o fim do embargo russo e que as negociações com Moscovo, uma vez abertas, poderão ser suspensas em qualquer altura.
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