Hoje na entrevista na qual a população de diferentes lugares da Rússia faz perguntas ao vivo ao presidente, Vladimir Putin, foi interrogado sobre o tema do escândalo sexual do chefe de Estado israelense, Moshé Katsav, e qualificou de "inadmissível" que sejam usadas acusações deste tipo na luta política.
"Na minha opinião, é inadmissível recorrer a instrumentos como a defesa dos direitos da mulher para conseguir objetivos políticos, ao mesmo tempo em que se desprestigia a importante meta de lutar pelos direitos da mulher", disse Putin.
Putin afirmou que "o caso israelense é, na realidade, um caso especial".
"Dez mulheres declararam que sofreram abuso por parte do presidente israelense, e mais recentemente foram apresentadas acusações de corrupção contra ele", ressaltou.
O presidente russo opinou que as denúncias contra Katsav se devem a que uma "parte considerável da sociedade israelense não está satisfeita com as ações de seus dirigentes no conflito libanês".
Assim, "imediatamente começaram os ataques contra o presidente, o primeiro-ministro e o chefe do Estado-Maior", acrescentou.
Putin admitiu que já tinha falado sobre o escândalo sexual do presidente israelense durante a recente visita a Moscou do primeiro-ministro Ehud Olmert.
"Transmitam minhas saudações a seu presidente. Abusar de uma dezena de mulheres! Não esperava isso dele. Ele surpreendeu todos nós. Todos temos inveja dele", disse Putin, segundo o correspondente no Kremlin do jornal russo "Kommersant".
"Os jornalistas já estavam saindo da sala e ouviram de passagem o que estava sendo falado ali a esse respeito", confessou hoje o presidente russo.
O chefe do Kremlin não deixou de brincar com o caso: "Em relação aos representantes da imprensa, posso dizer o mesmo que dizíamos quando eu trabalhava em uma organização muito distinta (a KGB): lhes mandaram olhar e eles esticaram a orelha para escutar".
EFE
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