O chefe da Agência Atômica Russa (Rosatom), Serguei Kiriyenko hoje tem uma reunião com o vice-presidente iraniano, Gholam Reza Aghazadeh, também chefe do Organismo de Energia Atômica do Irã (OEAI) que chegou à Russia.
Prevê-se a assinatura dum documento para a implementação da central de Bushehr, construída por engenheiros russos nas margens do Golfo Pérsico, informou a agência oficial russa "Itar-Tass".
No documento, serão fixados os prazos definitivos para o arranque do primeiro reator e a conexão da usina atômica à rede geral.
Além disso, ambas as partes devem definir as datas para a provisão de combustível nuclear, que deve ser produzido seis meses antes do arranque do reator nuclear, aproximadamente em março do próximo ano.
A Rússia assinou no começo de 2005 um acordo com o Irã para a provisão de combustível nuclear para Bushehr e um protocolo adicional sobre a devolução do material usado.
O chefe de Rosatom adiantou na semana passada, em Viena, que "a planta entraria em funcionamento em setembro do próximo ano e será conectada à rede geral dois meses mais tarde".
Além disso, Kiriyenko negou qualquer vinculação entre este projeto e a atual crise nuclear iraniana, já que "não existe nenhum risco de enriquecimento nas instalações de Bushehr e de uso de materiais nucleares com outros fins, além dos pacíficos".
A central de Bushehr, de 1.000 megawatts de potência, está localizada a doze quilômetros da cidade de mesmo nome, nas margens do Golfo Pérsico.
O contrato para a construção da fábrica de Bushehr, que em 1975 começou a ser erguida, mas não foi concluída pela companhia alemã Siemens em função da explosão da Revolução Islâmica (1979), foi assinado por russos e iranianos em 1995 pelo valor de US$ 780 milhões.
Rússia alega que sua cooperação com o Irã em matéria nuclear acontece com o respaldo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Moscou afirma também está disposta a construir novas centrais na república islâmica.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter