O atual Acordo de Cooperação e Parceria entre a Rússia e União Europeia vence este ano. A Rússia começou a preparar propostas para serem incluídas no novo Acordo de Cooperação e Parceria com a União Européia.
Segundo Serghei Yastrjembski, enviado especial do presidente da República para Desenvolvimento das Relações com a União Européia , a Rússia vê o novo documento como um acordo integral, o qual deveria proclamar a criação de quatro espaços comuns nas áreas da segurança interna e externa, Justiça, ciências e ensino.
Já existem uns planos concretos de implementação dessa idéia: os chamados Mapas do Caminho. Essa proposta da Rússia já foi aceita pela União Européia. Moscovo gostaria que o novo texto do acordo delineasse uma tática conjunta a adotar no combate ao terrorismo internacional e na luta contra o narcotráfico. E, claro está, a perspetiva de facilitar os procedimentos consulares aos cidadãos russos para futuramente poderem prescindir do requerimento do visto.
Uns certos entendimentos classificados como projetos a longo prazo provam que a Rússia desejaria ver, na verdade, a União Européia como um seu parceiro estratégico.
É, por exemplo, o projeto na área das pesquisas espaciais, especialmente o acordo assinado com a França para construção de um cosmódromo na Guiana Francesa para lançamentos de foguetes portadores russos. Um outro projeto estratégico é a construção de um gasoduto que passará pelo fundo do mar Báltico para levar de forma ininterrupta gás russo à Europa Ocidental.
Por seu lado, o presidente da Comissão Européia, como se chama o órgão executivo da União Européia, José Manuel Barroso, espera que o novo acordo proclame a parceria da Rússua quanto à segurança energética dos países oeste-europeus.
Também preconiza umas medidas que resultem na criação de fato de uma zona de livre comércio em todo o território da União Européia e Rússia. Todavia, nem todas as coisas estão andando na maciota na preparação de novo texto.
Por exemplo, a Polônia, a Letônia, a Lituânia e a Estônia já se manifestaram contra os planos anunciados pela Rússia para garantir a segurança energética da Europa Ocidental. Esses países formularam uma tese esquisita e politicamente impensada sobre uma Munique energética, isto é, sobre um conluio contra os seus interesses.
Igualmente, os Estados Unidos mostram-se obviamente negativos contra os planos de estreitamento da cooperação entre a União Européia e a Rússia. No intuito de afastar as eventuais discordâncias e mal-entendidos na preparação de novo Acordo de Cooperação e Parceria, a Finlândia, que atualmente exerce a presidência rotativa na União Européia, convidou Vladimir Putin para uma reunião com os chefes de Estado e de Governo dos 25 países membros dessa comunidade.
É muito importante que o novo documento integral a celebrar com Moscovo, o qual deverá entrar em vigor no 1 de janeiro de 2007, é firmemente apoiado pelos países mais importantes da União Européia: a Alemanha, a Grã-Bretanha e a França.
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