A delegação de representantes do Ministério Publico, Ministério da Justiça e Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia chegou ontem a Londres . Tem a missão de conseguir a extradição de Akhmed Zakaiev, emissário dos terroristas chechenos.
O Ministério Público expediu mandado de busca e captura internacional de Zakaiev ainda em 2001. Esse homem foi acusado à revelia por ter cometido crimes previstos em 11 artigos do Código Criminal da Rússia, tais como terrorismo, assassinatos, insurreição armada e sequestro de pessoas.
Todavia, a Justiça britânica já recusou várias vezes o pedido de extradição de Zakaev, um dos cúmplices mais chegados aos principais cabecilhas dos terroristas chechenos, alegando sempre insuficiência de provas de sua culpa. Mais do que isso: foi-lhe concedido o status de refugiado político, não obstante ter a Interpol apoiado a reivindicação da Rússia para que esse terrorista fosse extraditado.
Agora, esta nova tentativa empreendida por Moscou para chamar Akhmed Zakaiev à responsabilidade está fundamentada na abertura de uma nova instrução criminal contra esse homem que em várias entrevistas concedidas à imprensa em 2006 declarou que é necessário expulsar e jogar os russos fora da Chechênia e comentou os métodos desumanos dos agressores russos.
Essas colocações contêm indícios de incitamento de ódio e hostilidade em relação aos russos e criam um esterótipo étnico negativo sobre o povo russo. Essas palavras de Akhmed Zakaiev são de fato um apelo à violência contra a população russófona. O que é importante no caso é que frases como essas são abrangidas pelas cláusulas legais da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que estipulam responsabilidade criminal pelo fomento do terrorismo.
A visita da delegação russa a Londres e suas reuniões com o procurador-geral da Grã-Bretanha e outros altos funcionários do Judiciário nacional deveriam ajudar a esclarecer as causas da incompreensão entre dois paises.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter