Desde os tempos da Segunda Guerra Mundial a evacuação do Líbano é a maior operação desse gênero . Cerca de meio-milhão de libaneses estão fugindo da terra natal. Entre os 50 mil estrangeiros deixando o Líbano sob o acompanhamento das incessantes explosões de mísseis israelenses, cerca de 2 mil são russos e cidadãos de outros países da Comunidade de Estados Pós-Soviéticos.
Têm pela frente uns dias inteiros de viagem desde o Sul do Líbano e Beirute até a Síria. Uma caminhada num pânico permanente, por causa dos bombardeios israelenses indiscriminados. Depois, uma revista aduaneira de várias horas de duração na fronteira. Por essas provações todas estão passando centenas de russos antes de poderem subir a bordo das aeronaves partindo da Síria para Moscou.
Até o momento, são evacuadas somente mulheres e crianças. Elena Shammi chegou a Moscou no primeiro vôo de emergência.
"No Sul do Líbano já não tem água, nem energia elétrica, nem gás, não tem onde preparar a comida, tampouco produtos alimentícios. Todos os bancos fecharam. As pessoas náo têm dinheiro, não têm gasolina para sair de lá. Ainda lá ficam muitos russos, muitas crianças" relata Elena Shammi.
Moscou mobilizou por enquanto seis aparelhos para trazer russos e cidadãos da Ucrânia, Belarus e moldova da zona do conflito bélico, o qual continua já pelo nono dia. Desde o início dos golpes aéreos sobre o Líbano, sua intensidade tem vindo a aumentar cada vez mais.
No dia 19, esse país foi alvo dos ataques mais maciços. Os bombardeios aéreos e marítimos foram reforçados com um ataque terrestre ao longo da fronteira libanesa, no qual foram destruídas umas pontes e estradas e o aeroporto de Beirute. As perdas diretas do Líbano por causa das operações militares alcançaram 2 bilhões de dólares. O País foi de fato jogado 20 anos para trás no seu desenvolvimento.
É porque muitos países considerados líderes mundiais apontam que este recurso à força por parte de Israel é de proporcional. A Rússia apelou para o mais rápido cessar-fogo possível, tanto da parte de Israel, quanto da parte do Hizbollah, e para a libertação dos reféns israelenses e dos ministros e deputados da Autoridade Autônoma Palestina detidos por Israel.
Uns esforços nesse sentido estão sendo empreendidos por Aleksandr Saltanov, o enviado especial da chancelaria russa, o qual nestes dias se encontra no Próximo Oriente. A situação na zona do conflito é tema dos debates a realizar hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A iniciativa mais importante formulada para normalizar a situação pressupõe estacionamento de uma força internacional de estabilização. As primeiras reações dos Estados Unidos e Israel a essa idéia têm sido bastante frias.
A União Européia e a Rússia, entretanto, apóiam de uma maneira geral o plano de criação de uma área-tampão no Sul do Líbano e sua ocupação com tropas de paz das Nações Unidas como a via mais segura para acabar com este derramamento de sangue.
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