Fotografias, caricaturas, sentenças judiciais e recortes de jornais são algumas das peças que poderá observar neste espaço. A ideia partiu do médico equatoriano, Ney Dolberg. O título de país mais corrupto foi atribuído pelo Organização Transparência Internacional, tendo em conta que nos últimos anos oito Presidentes da República foram acusados de corrupção.
Ney Dolberg recordou à revista «Sábado» que, recentemente três juízes do Supremo Tribunal de Justiça foram destituídos pelas mesmas razões. A deformação profissional deste médico levou-o a encarar a corrupção como uma doença: «Faz-se o levantamento da história clínica para chegar-se ao diagnóstico e ao tratamento». Dado que «a memória é frágil e passado algum tempo os que foram afastados voltam» o clínico decidiu eternizar os rostos da corrupção.
O espaço vai dividir-se em três salas: a corrupção dos governantes e da população, os casos mais escandalosos e a esquina da desonra, que exibirá o vilão do mês ou da semana, escolhido pelo corruptómetro. Além disso, haverá ainda uma ala especialmente dedicada os corruptos estrangeiros. Portugal não deixará certamente de marcar presença.
Não é difícil imaginar as dificuldades que Dolberg está a enfrentar para colocar a ideia de pé. O Governo não respondeu aos pedidos de apoio e as autoridades locais chagaram a disponibilizar um espaço, mas recuaram ao perceber os objectivos do médico. A abertura do museu ficou adiada para o próximo ano.
Segundo "Portugal Diário"
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter