Anda em incrível marasmo a política brasileira.
O sinal não é bom. A política, por pior ou melhor que seja, é alvoroçada, cheia de altos e baixos, discutida nos veículos de comunicação, o que não está acontecendo.
O noticiário, sem nenhum entusiasmo, está preso à reforma política e a ambiental.
A reforma política traz novidade democrática demais. Será a possibilidade do povo, mediante plebiscito, anular atos do Legislativo. Venho escrevendo sobre isto desde que comecei no VB, ainda como correspondente regional, e não colunista. Desde 2005. É a forma mais democrática de regime político. Mas a provável mudança, pelo que foi anunciado, não atinge Executivo e Judiciário. Ficam imunes, continua o regime de força. A soberania popular que se dane.
Esta exclusão mostra bem o autoritarismo do regime republicano presidencial. Se o Executivo ou o Judiciário ficam submissos à vontade do povo, como deveria acontecer, continuamos nas mãos do poder.
A outra reforma, ambiental, parece não ser boa coisa. Caso fosse, não haveria tanto protesto de movimentos existentes em prol do bem de florestas e rios, animais e ar.
No mais, continuamos aguardando a Copa, e os empreiteiros, as obras.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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