Brasil: 25 anos de saúde integral à mulher

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, destacou nesta segunda-feira (9), durante a abertura do Seminário 25 Anos de Saúde da Mulher e Cairo+15, os avanços conquistados neste período para a saúde integral da mulher, em especial as políticas de direitos sexuais e reprodutivos, como a ampliação do acesso às consultas pré-natal e do uso de métodos contraceptivos.

Ao lado das ministras Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Temporão também apontou os desafios que deverão ser enfrentados e superados nos próximos anos. Afirmou que, entre os maiores desafios, estão a redução da mortalidade materna e a diminuição dos partos cesáreos. "Vamos ter que mudar bastante as questões culturais, práticas e objetivas da estruturação do cuidado com o parto, revertendo o que é hoje tratado como epidemia do parto cesáreo na sociedade brasileira", afirmou.


O ministro parabenizou o movimento feminista, que teve importante influência no processo de construção da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Entre as conquistas alcançadas pela PAISM, o ministro citou o aumento do número de mulheres que hoje fazem o pré-natal. "Mas diria que tem uma questão que está faltando e que nos toca a todos. Apenas 40% das mulheres que fazem todo o pré-natal sabem onde vão ter seu parto e com que médico. Isso é um problema importante do ponto vista da saúde pública", ressaltou o ministro.


A ministra Dilma Roussef também elogiou a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que completa 25 anos. Segundo ela, a PAISM deve ser recordada como um momento especial da luta das mulheres que se articularam também em toda a questão do movimento da reforma sanitária do Brasil. "A PAISM é um passo à frente no que se refere à questão da saúde da mulher. Poucos países emergentes, como o nosso, têm uma política tão integral de atendimento à mulher".


No Brasil, no campo da saúde, as políticas públicas, instituídas nas primeiras décadas do século 20, foram limitadas às demandas relativas à gravidez e ao parto. O PAISM foi criado em 1984, marcando uma ruptura conceitual com os princípios da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo. O PAISM incorporou as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a equidade da atenção, incluindo ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. Também agregou a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além do atendimento a outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.


O Seminário 25 Anos de Saúde da Mulher e Cairo+15 segue até o dia 11 de março, no centro de conveções Brasil 21, em Brasília. Em três dias de dias de mesas-redondas, serão feitas discussões entre gestores do ministério, secretarias estaduais e municipais de Saúde.

http://www.brasil.gov.br/noticias/ultimas_noticias/100309-3/


Leia a reportagem especial sobre os 25 anos da saúde da mulher

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