Segundo nota da PF, a operação tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de substâncias entorpecentes pela internet. Sessenta policiais federais participam da ação, iniciada como um desdobramento da Operação Ouro Verde, realizada em março de 2007, quando foram presos integrantes de uma quadrilha que operava um banco ilegal e enviava dinheiro ao exterior.
Durante a análise do material da Operação Ouro Verde, chamou a atenção dos policiais federais a movimentação financeira de um jovem gaúcho, que, apesar de ter menos de 30 anos e não ter atividade profissional definida, era um dos principais investidores do banco paralelo, sendo titular de milhões de dólares. A Polícia Federal não divulgou o nome do jovem.
- Em trabalho conjunto com agentes do DEA (Drug Enforcement Administration), órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Polícia Federal verificou que o jovem integrava uma quadrilha que operava farmácias virtuais na internet e comercializava drogas sintéticas de uso controlado, vendendo essas substâncias de forma ilegal, especialmente para os Estados Unidos, conduta que se equipara ao tráfico de drogas - diz trecho da nota da PF.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, a investigação americana localizou bens de alto valor com os parceiros do jovem gaúcho, como mansões na Flórida (Estados Unidos) avaliadas em milhões de dólares e automóveis de luxo.
A investigação verificou que o elo gaúcho da quadrilha contou com a ajuda de outros jovens, alguns com grande conhecimento de informática e com pouco mais de 20 anos de idade, que executavam tarefas e agiam como seu braço direito, além de utilizar parentes para movimentar valores e registrar bens em nome de terceiros.
Além das autoridades americanas, a investigação contou com auxílio da Interpol e da Direção Nacional de Informação e Inteligência da Polícia Uruguaia. Segundo a PF, os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter