Segundo o Ultimo Segundo , o homem detido por matar sete pessoas e ferir outras dez no centro de Tóquio disse à Polícia que avisara sobre suas intenções em um site e que escolheu o bairro de Akihabara por saber que estaria movimentado na hora do ataque.
"Estava cansado da minha vida. Visitei Akihabara várias vezes.
Sei que lá há muitas pessoas", declarou o detido, Tomohiro Kato, de 25 anos, em declarações divulgadas hoje pela agência "Kyodo".
Segundo a Polícia, Kato admitiu que foi ao bairro, que fica em Tóquio, com a intenção de matar.
O detido trabalhava em uma fábrica de peças para automóveis na província de Shizuoka, no oeste de Tóquio, que passava por um processo de corte de funcionários.
Segundo um jornal local, três dias antes do episódio Kato abandonou a fábrica a gritos temendo perder o emprego por não conseguir encontrar seu macaco. No dia seguinte já não foi trabalhar.
Já o periódico "Mainichi" informou que Kato foi um estudante aplicado que tirava boas notas, mas que não pôde ingressar na universidade que queria e fez curso de mecânica de automóveis.
O acusado também disse à Polícia que enviou várias mensagens em um site especializado em conteúdos para celulares nas quais descrevia e anunciava o massacre.
A Polícia investiga se as mensagens foram redigidas por Kato, de 25 anos.
Aparentemente, as mensagens foram enviadas horas antes do massacre, e as descrições coincidem com o desenrolar dos acontecimentos de forma fiel.
Os comentários enviados ao site estão registrados em uma mensagem sob o título "vou matar pessoas em Akihabara".
No primeiro comunicado, às 5h21 hora local (17h21 de sábado, em Brasília), ele afirmou que atropelaria pessoas com seu veículo e, se não ficasse satisfeito, usaria uma faca. Ainda completou dizendo: "adeus a todos".
O texto seguinte dizia: "ser pego enquanto realizo minha missão talvez seja o pior resultado". Antes de se despedir, às 6h31 (18h31 de sábado, em Brasília), completou: "É a hora. Fui".
Kato pegou a caminhonete na província de Shizuoka no dia do massacre e a conduziu até Tóquio.
Uma mensagem seguinte garante: "não haverá atrasos pela chuva" e, pouco antes do massacre, diz: "acabo de chegar a Akihabara".
Hoje, várias pessoas foram ao local do incidente e deixaram flores e outras oferendas.
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