Uma das perguntas mais inquietantes da astrofísica moderna é também uma das mais antigas da ficção científica: o que aconteceria se a Lua colidisse com a Terra? Embora essa hipótese pareça absurda à primeira vista, cientistas desenvolveram modelos matemáticos para simular esse cenário — e os resultados são surpreendentemente plausíveis e alarmantes.
Atualmente, a Lua se afasta da Terra cerca de 3,8 centímetros por ano. No entanto, caso alguma anomalia gravitacional invertesse esse movimento e provocasse uma espiral de aproximação, o impacto se tornaria inevitável após milhares de anos.
Segundo modelos de simulação apresentados por astrofísicos, a aproximação da Lua causaria primeiro um colapso climático: as marés ficariam mais intensas, os oceanos se tornariam instáveis e fenômenos meteorológicos extremos aumentariam em frequência e intensidade.
Na etapa final da aproximação, a força gravitacional entre os dois corpos provocaria terremotos, erupções vulcânicas em cadeia e deslocamentos massivos da crosta terrestre. As áreas costeiras seriam devastadas muito antes do impacto direto.
O choque em si resultaria na completa destruição da superfície terrestre. A energia liberada superaria bilhões de megatons, vaporizando rochas, oceanos e qualquer forma de vida. A atmosfera entraria em colapso térmico, criando uma bola de fogo global semelhante à que se estima ter ocorrido no impacto que extinguiu os dinossauros — porém em escala ainda maior.
Curiosamente, os cientistas afirmam que esse cenário não é impossível, apenas altamente improvável. Eventos como mudanças gravitacionais causadas por corpos celestes gigantes ou colisões com asteroides massivos poderiam alterar as órbitas planetárias em escalas de tempo cósmicas.
A pesquisa tem como objetivo não prever o fim do mundo, mas entender melhor as forças gravitacionais que regem os corpos celestes e como elas influenciam a estabilidade dos sistemas planetários. Simulações como essa ajudam a testar limites e a compreender riscos de longo prazo.
Para os cientistas, a melhor forma de proteger o planeta é compreender profundamente sua relação com a Lua — e reconhecer que mesmo os cenários mais improváveis merecem estudo quando se trata da sobrevivência da vida na Terra.
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