Mapa estelar chinês de 2.300 anos é encontrado e pode reescrever a história da astronomia

Uma descoberta arqueológica impressionante promete reescrever os livros de história da astronomia: um mapa estelar chinês de aproximadamente 2.300 anos foi encontrado com detalhes surpreendentes sobre constelações e fenômenos celestes. A descoberta revela que a civilização chinesa já possuía, no século IV a.C., um conhecimento astronômico muito mais avançado do que se reconhecia até então.

O mapa, desenhado sobre seda e preservado em condições excepcionais, foi identificado durante análises recentes de artefatos armazenados em arquivos históricos da China. A notícia foi divulgada em maio de 2025 pelo portal especializado italiano Everyeye Tech, e vem chamando atenção de pesquisadores ao redor do mundo por seu potencial de transformar a compreensão da evolução da ciência celeste.

Segundo os especialistas, o mapa representa com precisão 250 estrelas distribuídas em 12 constelações principais, algumas das quais coincidem com formações reconhecidas atualmente. O documento também apresenta anotações que indicam observações sistemáticas do movimento dos corpos celestes, ciclos lunares e a posição de cometas — elementos que demonstram não apenas contemplação do céu, mas estudo estruturado e repetido.

O mais surpreendente, segundo historiadores da ciência, é que esse mapa antecede em séculos os registros estelares mais antigos do Ocidente, como os documentos babilônicos ou os manuscritos gregos atribuídos a Hiparco e Ptolomeu. A precisão com que as estrelas estão dispostas sugere o uso de instrumentos rudimentares de medição e um conhecimento matemático considerável para a época.

Além do valor astronômico, a descoberta também reforça a importância da tradição científica chinesa, frequentemente subestimada pela narrativa dominante eurocêntrica. Durante a dinastia dos Reinos Combatentes (475–221 a.C.), a observação dos astros já era essencial não apenas para a agricultura e navegação, mas também para a astrologia, ritualismo imperial e decisões políticas.

Pesquisadores afirmam que o documento ainda está sendo estudado com auxílio de tecnologia de imagem infravermelha, que ajuda a revelar camadas ocultas de tinta e inscrições apagadas pelo tempo. O objetivo é realizar uma análise completa que permita datar com precisão o mapa e compreender o contexto em que foi produzido.

Se confirmado o que os indícios apontam, o mapa estelar de 2.300 anos pode não apenas antecipar marcos da história da astronomia, mas também reposicionar a China como um dos centros originais do saber celeste da humanidade. Uma nova página da história pode estar se desenhando — e ela começa olhando para as estrelas.

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Olesya Kireeva