Um novo exoplaneta descoberto pela NASA está desafiando tudo o que conhecemos sobre a formação de sistemas solares. Isso porque sua órbita não é inclinada ou elíptica — ela é quase perpendicular à rotação da estrela que ele orbita.
Segundo informações do portal oficial da NASA, o planeta foi identificado na constelação WASP utilizando métodos de fotometria e espectroscopia. Ele se desloca ao redor de sua estrela em um ângulo próximo a 90 graus, uma configuração considerada extremamente rara e instável.
Normalmente, planetas se formam no mesmo plano rotacional que sua estrela, já que ambos surgem do mesmo disco de poeira e gás. Mas neste caso, os cientistas acreditam que interações gravitacionais violentas — talvez com outro planeta gigante ou até com uma estrela próxima — tenham desestabilizado a órbita original.
Essa descoberta é significativa porque demonstra que os sistemas planetários podem ser muito mais diversos e caóticos do que os modelos tradicionais preveem.
Órbitas perpendiculares implicam em variações extremas de temperatura e radiação, o que torna improvável o surgimento ou manutenção da vida como conhecemos. Isso impacta diretamente as estratégias para identificar planetas habitáveis em outros sistemas.
Além disso, sistemas com inclinações tão acentuadas tendem a ser menos estáveis ao longo do tempo, com maior chance de colisões ou ejeções planetárias.
A NASA continuará monitorando o planeta com o auxílio dos telescópios James Webb e Hubble. A agência também planeja simular em supercomputadores a evolução orbital dessa anomalia, para entender como ela surgiu e o que pode acontecer com ela no futuro.
Curiosamente, outros planetas com inclinações acentuadas já foram observados, mas nada tão extremo quanto esta órbita quase ortogonal. Isso reforça uma lição valiosa da astronomia moderna: o Universo é muito mais estranho — e fascinante — do que imaginamos.
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