A Polícia Federal (PF) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou mais dois pontos de distribuição de medicamentos em São Paulo e um em Brasília -, na segunda etapa da Operação Placebo, iniciada em julho, segundo a Agência Brasil.
Segundo o delegado Adalton de Almeida Martins, da PF, duas pessoas foram presas em flagrante, acusadas de fornecer remédios não autorizados pela Anvisa, como o Lipoestabil, utilizado para emagrecimento; o Pramil, que é similar ao Viagra; e anabolizantes, entre outros .
Documentos e um computador que supostamente teria informações sobre as vendas ilegais de um terceiro fornecedor também foram apreendidos, na cidade de Unaí (MG).
O delegado disse que a PF investigará se existe ligação entre os três casos: "Esses remédios eram vendidos pela internet que, por ser uma rede mundial, pode abrigar uma quadrilha especializada na difusão desse tipo de produto". E que novas operações poderão ser realizadas nos próximos meses.
Em entrevista ao programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional, o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, recomendou à população que não compre remédios pela internet. "O medicamento precisa ter prescrição médica, acompanhamento farmacêutico e garantia da qualidade. Isso só pode ser encontrado em estabelecimentos como farmácias e drogarias legalmente autorizadas", afirmou.
Caso seja comprovada a venda ilegal dos produtos, os acusados podem ter que cumprir pena por 10 a 15 anos e ser multados em até R$ 1,5 milhão, dependendo da avaliação da gravidade do delito e de possíveis antecedentes.
Na primeira etapa da Operação Placebo, foi fechado um laboratório clandestino na cidade de Ipanema (MG), onde eram produzidos medicamentos supostamente fitoterápicos, desde 2005.
Denúncias de venda ilegal de remédios podem ser feitas à Anvisa pelo endereço eletrônico [email protected] e pelo telefone 0800-61-1987.
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