Considerações (Favoráveis) sobre Observações do Diplomata Russo

Sobre as observações do cônsul-geral da Rússia no Brasil, Konstantin Kamenev, noticiadas pelo colega Eduardo Vasco no último dia 20 dizendo que "a Rússia é um país que provoca sentimentos negativos de inveja natural", o diplomata foi modesto em demasia a este respeito na visão deste autor ítalo-brasileiro (como o nome indica de maneira clara mas faz-se necessário, talvez, ressaltar este fato).

por Edu Montesanti

O  cônsul russo justificou sua veraz afirmação apenas nisto: "Sempre existiu uma inveja natural em relação aos recursos orgânicos nas superfícies terrestres, aos recursos de água potável". Talvez por ser diplomata por excelência, não quis apontar outras verdades. A realidade é que a inveja, especialmente por parte das classes dominantes ocidentais, vai muito além das riquezas naturais russas.

A Rússia, antes de mais nada, possui sistema educacional descolado da barbárie cultural imposta pelos poderes historicamente imperialistas do Ocidente, que imbecilizam de maneira díspar suas sociedades. Como consequência, e isto torna os russos muito invejados, possuem força de caráter e muita personalidade (esta característica é muito comumente mal-vista e invertida no Ocidente, especialmente no continente americano, considerada arrogância"; mas não é). 

Capacidade de organização e determinação são outros traços peculiares do povo russo: venceram os nazistas e a II Guerra Mundial. O documentário Fuga de Sobibor, que relata campo de concentração nazista localizado na Polônia, revela bem isto: os militares das SS esbanjando arrogância, truculência e as piores crueldades contra os judeus, até que chega um grupo de prisioneiros de guerra russos que, logo na chegada marchando com seus gritos de guerra, deixam os nazistas literalmente boquiabertos, estáticos. Ao longo do documentário, ali mesmo no campo nazista que barbariza de maneira que dispensa comentários hoje, os soldados russos desafiam, cara-a-cara, os oficiais de Adolf Hitler: boquiabertos, estáticos.

São histórias que os livros de História ocidentais não contam. E jamais contarão, enquanto o sistema estiver prostrado a esses mesmos poderes que, há séculos e séculos, subjugam-nos.

A arte russa, que inclui expressão corporal única no mundo com suas bailarinas e bailarinos maravilhosos (motivos de profunda chacota no Ocidente, especialmente - de novo - na América), é outra característica singular. Para nem mencionar a superpotência esportiva mundial que a Rússia representa, em praticamente todas as modalidades. Tudo isso além da própria formosura, do porte físico e da polidez russa, maneira de se portar bastante imponente, por natureza.

Os mais simplistas nos dirão que "em todos os lugares há gente boa e ruim", o que é verdade, como também é verdade que nenhuma nação deve ser rotulada, nem para bem nem para mal. Mas uma coisa é certa, e isso se está colocando aqui o que pode ser feito envolvendo as mais diversas nacionalidades (inclusive sobre a malandragem e a apatia reinantes no Brasil, historicamente): os povos possuem determinadas peculiaridades.

Muito também pode ser dito neste sentido em relação à cultura alemã (que vai muito além de nazismo, por favor!), os quais também enfrentam certo grau de inveja global: tudo o que fazem, é bem feito - ou não se propõem a fazer; metódicos; extremamente disciplinados; trabalhadores como poucos; corretos ao extremo, donos de palavra. Porém, e para que se veja a que ponto chega a estupidez da mentalidade ocidental, se um alemão observar estas verdades será considerado nazista.

Que esperar da postura Ocidental, pautada por este tipo de educação made in USA observada por Noam Chomsky - além de toda a sorte de tralha midiática?

"Há que se ter ensino em massa. A razão é que milhões estão podendo votar, e deve-se educá-los a fim de que não incomodem. Em outras palavras, deve-se treiná-los para a obediência e servilismo, para que não pensem como o mundo funciona e, assim, não vão depois pegar no pé deles. (...) As escolas são projetadas para ensinar o que vai cair na prova. Não existe a preocupação com a capacidade dos alunos de pensar, de se superar, de levantar questões. (...) Isso acontece em toda parte. E possui a evidente técnica de emburrecimento da população, e também de controlá-la. Para a maioria das pessoas, não há escolha. É o mesmo que dizer que todos têm a chance de se tornar milionários.Tudo isso é uma forma de transformar a população em um bando de imbecis".

Diante disso, alguém ainda desconhece as causas da inveja e de todo o tipo de calúnia e difamação por parte de grande parte das elites ocidentais contra os russos? Doa a quem doer, e vista a carapuça quem achar que deve, é exatamente este sistema de imbecilização made in West que provoca as hostilidades e boicotes históricos contra os russos, muito oportunamente apontados pelo cônsul Konstantin Kamenev.

 

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