Adianta a EFE que, hoje a Justiça russa suspendeu o processo contra o ex-vice-presidente da falida petrolífera Yukos Vasily Alexanyan, que sofre de aids, câncer e tuberculose, mas rejeitou sua hospitalização em um centro médico especializado.
Alexanyan deverá dar continuidade ao tratamento na enfermaria do centro penitenciário, informaram as agências russas.
O porta-voz da Promotoria, Nikolai Blasov, indicou que em todo caso a internação de Alexanyan em um centro especializado depende da decisão do médico-chefe da penitenciária.
"Se os médicos decidirem que deve ser transferido a outro centro médico, será feito", acrescentou.
Em 30 de janeiro, Mikhail Khodorkovski, fundador da Yukos e que já foi um dos homens mais ricos da Rússia, iniciou uma greve de fome em um centro de detenção preventiva na cidade siberiana de Chita, com o objetivo de chamar a atenção para a situação de Alexanyan.
Yuri Shmidt, um dos advogados do multimilionário, disse que a greve de fome iniciada por seu cliente tem caráter indefinido e se prolongará até que Alexanyan, de 36 anos, seja internado em um centro médico especializado.
Khodorkovski, detido em outubro de 2003, cumpre pena de oito anos após ser declarado culpado de vários crimes financeiros, enquanto Alexanyan, em prisão preventiva há 21 meses, é acusado de furto de ações e fundos, mas rejeita todas as acusações.
Alexanyan denunciou em janeiro que autoridades da Procuradoria Geral russa haviam oferecido suspender as acusações contra ele e deixá-lo em liberdade para que pudesse receber o tratamento do qual precisa.
Em troca, ele deveria apresentar novas provas, embora falsas, para o novo julgamento contra Khodorkovski e seu parceiro, Platon Lebedev.
Os ex-diretores acusam o Kremlin de ter lançado uma campanha de assédio e difamação contra eles e a companhia petrolífera Yukos por motivos políticos e para roubar sua fortuna.
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