No dia em que se completam cinco anos do seqüestro de cerca de 800 pessoas por um grupo checheno no teatro Dubrovka de Moscou , na qual morreram 129 reféns uma mulher se explodiu hoje (23) ao cometer um atentado suicida em um microônibus. O acidente ocorreu no Daguestão, ferindo oito passageiros, informou o Ministério do Interior da república russa.
"Uma jovem detonou uma bomba que levava na cintura", disse à agência de notícias russa Interfax um porta-voz da polícia do distrito de Kazbek, onde ocorreu o atentado.
Segundo especialistas do Ministério do Interior, a bomba tinha entre 100 e 150 gramas de TNT.
Na hora da detonação, o veículo estava a cerca de 100 metros de um posto policial.
O chefe do hospital de Kazbek, Omar Salmanov, afirmou que oito dos 15 passageiros ficaram feridos --três deles em estado grave, incluindo uma mulher em estado crítico.
"Estamos tentando identificar a suicida, mas será difícil, já que o corpo foi despedaçado na explosão", disse um oficial à agência de notícias russa Itar-Tass.
Nos últimos anos, as repúblicas caucasianas russas do Daguestão e da Inguchétia se tornaram palcos freqüentes de ataques contra policiais e militares. As autoridades atribuem os atentados a extremistas islâmicos que apóiam a guerrilha da vizinha Chechênia.
Nos últimos quatro anos, mais de 200 policiais morreram no Daguestão em atentados e tiros, principalmente por extremistas islâmicos, segundo o Ministério do Interior da Rússia.
No entanto, os atentados --principalmente suicidas e contra civis-- são pouco comuns. Por isso, analistas não descartam que o alvo fosse o posto policial, mas a bomba explodiu antes da hora.
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