A Igreja Ortodoxa russa qualificou o desfile do orgulho gay - agendado para 27 de maio em Moscou - como "propaganda da homossexualidade" e convida as autoridades a "escutar a opinião pública" e vetar a parada.
O apelo foi feito pelo porta-voz do patriarcado de Moscou Vsevolod Chaplin, para quem "nossa sociedade recusa a propaganda pública do modo de vida dos homossexuais".
"As autoridades devem escutar mais a opinião pública russa ao invés daquela de certas organizações extrangeiras ou de um grupo barulhento de propagandistas da homossexualidade", afirmou Chaplin.
"Os homossexuais têm a possibilidade de ter sua própria vida, mas essa é uma escolha que só diz respeito a eles mesmos.
Uma manifestação, ao contrário, tem um impacto sobre jovens e crianças e isso se torna um problema de toda a sociedade, que tem direito a exprimir sua opinião", acrescentou o religioso. A União dos Cidadãos Ortodoxos, por sua vez, anunciou protestos massivos se houver a manifestação do orgulho gay.
O prefeito de Moscou Yury Luzhkov definiu a manifestação como "obra do diabo" prometendo proibir o parada. Se o fizer, como no último ano, os organizadores prometeram recorrer à Corte Européia dos Direitos Humanos.
A data para o desfile - 27 de maio - não foi escolhida ao acaso: marca o 14º aniversário da abolição do código penal russo que punia a homossexualidade.
Fonte Ansa
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