O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ficou em uma situação embaraçosa quando um microfone aberto captou um palavrão do líder americano quando ele falava sobre a Síria e o grupo xiita libanês Hezbollah. Bush também criticou a posição do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na crise do Oriente Médio sem saber que estava sendo ouvido.
Durante o almoço final da cúpula do Grupo dos Oito (G8, sete países mais desenvolvidos e a Rússia), encerrada nesta segunda-feira em São Petersburgo, Bush conversava com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, sobre a crise no Oriente Médio e mencionou que sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, poderia ir à região.
Blair, que apoiou uma idéia do secretário-geral da ONU de enviar uma força de estabilização das Nações Unidas ao sul do Líbano, disse que "isso é o que importa" e que "levará algum tempo para organizar as coisas" e resolver a situação.
O presidente Bush afirmou então que "a Síria precisa dizer ao Hezbollah que pare com toda essa merda". Poucos segundos depois, Blair se deu conta de que o microfone estava ligado e desligou rapidamente, mas já era tarde para impedir a transmissão em circuito fechado no centro de imprensa.
Bush também mostrou certa inconformidade com as posições de Annan sobre a crise. "Às vezes dá vontade de pedir a Annan que chame o presidente sírio, Bashar al-Assad, e faça com que aconteça algo", disse a Blair confidencialmente. Os Estados Unidos acusam a Síria de proteger o Hezbollah.
Segundo "Estadão.com.br"
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