A Rússia planeia construir dois gasodutos, entre a Sibéria e a China, para fazer chegar gás natural ao mercado chinês, disse hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com as agências noticiosas russas.
"Encaramos a possibilidade de construir um sistema de gasodutos entre a fronteira da Rússia com a China", declarou Putin, de visita a Pequim, a um grupo de jornalistas russos.
"Encaramos a possibilidade de construir um sistema de gasodutos entre a fronteira da Rússia com a China", declarou Putin, de visita a Pequim, a um grupo de jornalistas russos.
O gasoduto, que tem o nome provisório de Altai, segundo precisou Putin, deverá ser construído no âmbito do acordo de fornecimento de gás entre dois colossos petrolíferos de gestão estatal: a Gazprom da Rússia, que venderá gás natural à China National Petroleum Corporation.
O director-geral da Gazprom, Alexei Miller, disse aos jornalistas em Pequim que os dois gasodutos estarão prontos e a fornecer gás ao mercado chinês dentro de cinco anos, com uma capacidade máxima de 80 mil milhões de metros cúbicos por ano, divididos pelas duas infra-estruturas.
Após um encontro com o Presidente chinês, Hu Jintao, o quinto em menos de um ano, Putin disse aos jornalistas que o gás terá origem nos poços da Sibéria Oriental e Ocidental, e que os da Sibéria Oriental serão os primeiros a chegar ao mercado.
Moscovo está a tentar diversificar as formas de fazer chegar os seus recursos energéticos além da Europa, e encara a construção de um oleoduto da Sibéria Oriental em direcção ao Oceano Pacífico, com possível ramificação para a China.
No encontro com o Presidente chinês, Putin afirmou que "a actual relação entre a China e a Rússia atingiu um nível muito elevado e estabelece os alicerces para o desenvolvimento futuro das nossas relações bilaterais." Hu afirmou que o tamanho da delegação que acompanha Putin à China demonstra que Moscovo "atribui um alto nível de importância ao desenvolvimento das relações com a China".
"Através da sua visita, o entendimento entre os dois países melhorou, o que fez avançar e desenvolver a relação estratégica entre a China e a Rússia", adiantou Hu.
O encontro com Hu Jintao seguiu-se à cerimónia de assinatura de 15 acordos de cooperação, entre os quais um acordo-quadro de fornecimento de electricidade à China por parte do monopólio eléctrico russo United Energy Systems e a criação de uma parceria estratégica entre a petrolífera estatal russa Rosneft e o Banco Chinês de Desenvolvimento.
Segundo "AngolaPress"
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