Um grupo de executivos da empresa russa foi recebido por dirigentes da estatal brasileira, no Rio de Janeiro, com o objectivo de iniciar contactos para futuros projectos conjuntos. "O Brasil é um pais onde a indústria do gás ainda é incipiente e esta aproximação com a Gazprom é muito importante", disse o director de Gás e Energia da Petrobras, em declarações ao jornal O Estado de São Paulo. Ildo Sauer salientou que a empresa russa opera alguns dos maiores redes de gás do planeta, como o que liga a Sibéria à Europa, com quatro mil quilómetros de extensão. A Petrobras está interessa nas tecnologias russa de operação de longas redes de transporte de gás de armazenagem em depósitos subterrâneos. Os dirigentes das duas empresas acertaram a visita de uma equipa técnica da Petrobras à Rússia no fim de Março para dar continuidade às negociações. No ano passado, a empresa russa produziu cerca de 1,5 mil milhões de metros cúbicos, resultado quase 50 vezes maior do que a produção brasileira de gás natural. No mês passado, os governos do Brasil, Argentina e da Venezuela assinaram um acordo para iniciar os estudos de viabilidade para a construção de um gasoduto entre os países, com cerca de 10 mil quilómetros de extensão. O gasoduto que ligará o sector energético de diversos países da América do Sul deverá custar cerca de 20 mil milhões de dólares. O projecto do gasoduto deverá ser apresentado em Julho deste ano e depois apresentado ao sector privado, com o objectivo de atrair investidores estrangeiros para o financiamento da obra. No dia 10 de Março, os presidentes do Brasil, Argentina e Venezuela deverão apresentar os detalhes do projecto, que já é considerado a grande obra dos próximos 50 anos na América do Sul. O gasoduto partirá da região de Puerto Orda, na Venezuela, e seguirá para Manaus, capital do Estado brasileiro do Amazonas, devendo cruzar o Brasil e chegar ao Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e, possivelmente, Peru e Colômbia. A obra permitirá a exportação de aproximadamente 100 milhões de metros cúbicos de gás venezuelano por dia, que deverão garantir o crescimento industrial dos países da região.
Segundo Diário económico
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