As empresas estrangeiras de petróleo e gás perderam dezenas de bilhões de dólares em 2022 depois de se recusarem a participar de projetos na Rússia. O valor total é de cerca de 58 bilhões de dólares.
A BP plc do Reino Unido, um dos maiores acionistas da gigante petrolífera russa Rosneft, relatou uma perda de US$ 25,52 bilhões após a anulação de investimentos na empresa russa e em suas joint ventures, informou a Interfax.
Entretanto, a BP ainda possui ativos russos alegando que a empresa ainda está à procura de compradores. Ao mesmo tempo, as sanções contra a Federação Russa, bem como uma série de regulamentações legais na Rússia, tornam o processo de saída dos ativos russos complicado.
A empresa francesa TotalEnergies (US$ 14,8 bilhões) vem a seguir na lista de baixa. O gigante francês teve investimentos em projetos de produção de gás na zona ártica russa. Também fazia parte de projetos de gás natural liquefeito (GNL).
A empresa alemã Wintershall Dea AG (4,5 bilhões de euros) vem em terceiro lugar. A preocupação alemã participou de projetos para desenvolver vários campos de gás. Wintershall Dea também fez parte de projetos russos de transporte de gás. As perdas da preocupação totalizaram cerca de sete bilhões de euros.
A empresa austríaca OMV amortizou ativos no valor de 2,5 bilhões de euros. A empresa participou da implementação dos projetos Nord Stream 2, bem como do desenvolvimento de campos de gás.
A Shell do Reino Unido relatou uma perda líquida total de US$ 4,186 bilhões com a baixa dos ativos russos, enquanto a Equinor da Noruega registrou uma perda líquida com a baixa dos ativos russos no valor de US$ 1,08 bilhão.
É desnecessário dizer que as perdas mencionadas acima não serão fatais para os gigantes internacionais do petróleo e gás com um volume de negócios de centenas de bilhões de dólares. Entretanto, a anulação de bilhões de dólares e euros não é de forma alguma um fato de que essas empresas possam se orgulhar.
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