A música iraniana ou persa
A música iraniana ou persa tem uma longa história que remonta às antigas civilizações como o império Elamita (2700-539 a.C.) com base nas evidências arqueológicas sobre os instrumentos musicais. Porém a música clássica do Irã tem raízes no Império Sassânida (224-651). Essa música se chama sonnati (tradicional) ou asil (original) em persa, e é celebrada e apreciada em todas as regiões do centro e Oeste da Ásia onde se pode sentir a influência da cultura iraniana e onde anteriormente se situava o Grande Irã. Muitos músicos como Bārbod (Pahlbod), Nagisā (Nakisā), Bāmshād e Rāmtin, para citar alguns nomes importantes, tocavam nas cortes Sassânidas. Eles utilizavam os instrumentos como tchang (harpa), alaúde, e ney (flauta). As dicas da música modal e a origem da música sonnati, foi desenvolvida nesse período especialmente por Bārbod; em sete modos se chama dastgāh, em 30 modos derivados se chama lahn e em 360 melodias se chama dastān. respectivamente de acordo com os números de dias da semana, mês e ano.
Após o advento do islã no Irã, no século VII, o sistema foi reelaborado por mestres e músicos e teorizado por cientistas tais como:
Durante o Império Safávida, muitas alterações foram feitas, mas foi durante a dinastia Qājār (1789-1925) que 7 dastgāhs (modos) e 5 āvāzi (canções) e mais 50 dastgāhs foram preservados e documentados. O nome das melodias derivadas nucleais atualmente é gushe, e a coleção completa das gushes se chama radif. Os sistemas de radif mais frequentemente usados atualmente foram elaborados por Mirzā Abdollāh (1843-1918), Abolhasan Sābā (1902-1957), Aliakbar Shahnāzi (1897-1985) e Abdollhāh Davāmi (1891-1981). Em 2009, o sistema musical Radif foi oficialmente registrado na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Há características particulares na música sonnati:
Os instrumentos musicais tradicionais do Irã são de três familias:
A música é importante em todos os aspectos da cultura iraniana, nas felicidades ou lamentações, na vida diária ou nos eventos. A música é a parte indispensável dos poemas folclóricos como matals e poemas para crianças como canções de ninar, das performances teatrais como teatros de fantoches e Shāhnāmekhāni (contar hitórias de Xá-nāme teatralmente), das lamentações pessoais ou as elegias religiosos como nohekhāni ou performances elegiais de shabihkhāni ou ta'zie (originamente Sug-e-Siāvash ou Elegias de Siavash), e dos esportes como koshti-e-pahlavāni ou varzesh-e-zurkhānei ou kushti-e-bāstāni, uma antiga arte marcial iraniana.
Há várias formas da música locais se chamam musiqi e navāhi; em todas as regiões do Irã com instrumentos tradicionais ou regionais as músicas são nomeadas como Khorāsāni, Kordi, Balutchi, Bushehri, Gilaki, Azari, Lori, Bakhtiāri, Jonubi, Turcoman, ...
A música moderna iraniana, nos estilos clássico, pop, rock, hip-hop, pode conter vários instrumentos e melodias tradicionais. Além disso, há vários tipos das músicas amalgamadas e heterogêneas na música contemporânea iraniana.
Segue abaixo várias informações sobra música iraniana:
Caton, Margarat e Neil Siegel (eds.), Cultural Parameters of Iranian Musical Expression (California: The Institute of Persian Performing Arts, 2002).
During, Jean, Zia Mirabdolbaghi e Dariush Safvat, The Art of Persian Music (Washington: Mage Publishers, 1991).
Fallahzadeh, Mehrdad, Persian Writing on Music: A Study of Persian Musical Literature from 1000 to 1500 AD, Doctoral disseration (Uppsala Universitet, 2005).
Farhat, Hormoz, The Dastgāh Concept in Persian Music (Cambridge: Cambridge University, 1990).
Miller, Lloyd Clifton, Music and Song in Persia: The Art of Āvāz (Curzon Press, 1999).
Foto:
Farhad Sasani
Abril 2018, Ordibehesh 1397
http://www.iranews.com.br/7404-2/
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