PCP: Manter Novo Banco na esfera pública
«O PCP reafirma que a única forma de salvaguardar o interesse público seria a manutenção do Novo Banco na esfera pública»
28 Março 2018
DECLARAÇÃO DE MIGUEL TIAGO, DEPUTADO
Os resultados de 2017 do Novo Banco confirmam as afirmações do Partido Comunista Português sobre as várias opções políticas tomadas no caso BES/Novo Banco, desde a resolução pelo Governo PSD/CDS à privatização realizada pelo actual Governo.
O PCP alertou para os riscos da venda, para a política de apoio a negócios privados com prejuízo para o interesse público, uma vez mais comprometendo recursos públicos para assegurar a viabilidade de um banco detido por um grande grupo económico transnacional. As novas necessidades de capital do Novo Banco devem-se a exigências regulatórias e a imparidades registadas em activos degradados. Qualquer uma dessas dimensões era já conhecida no momento da resolução - o que demonstra que a resolução foi levada a cabo por valores falsificados para empurrar os custos para o futuro - e no momento da venda - o que demonstra que o contrato de venda é contrário ao interesse nacional.
O PCP reafirma que a única forma de salvaguardar o interesse público seria a manutenção do Novo Banco na esfera pública. Uma vez mais se demonstra que estamos a pagar um banco, a limpar o seu balanço, para o entregar já limpo de problemas a um grupo privado. A solução seria precisamente a inversa: assegurar os níveis de capital regulatório do banco, mas também o seu controlo e propriedade públicos.
Fonte
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