Não aos exercícios militares da NATO - Defender a Constituição da República

Mensagem do PCP: Face à realização dos exercícios militares da NATO em Portugal, Espanha e Itália, o PCP alerta para o significado e momento da realização daquele que é um dos maiores exercícios da história deste bloco político-militar...

Mensagem do PCP: Face à realização dos exercícios militares da NATO em Portugal, Espanha e Itália, o PCP alerta para o significado e momento da realização daquele que é um dos maiores exercícios da história deste bloco político-militar, indissociável da sua estratégia de crescente militarização das relações internacionais, de expansão no Leste da Europa e de projecção de um ainda maior intervencionismo no Mediterrâneo, Norte de África e Médio Oriente.

O PCP condena e reitera a sua posição contrária à participação de Portugal nestes exercícios da NATO, tanto mais que materializam um elemento mais na escalada de tensão e confrontação que marca a situação internacional.

Num momento em que a situação em várias regiões do globo - nomeadamente no Médio Oriente e Leste europeu - aconselharia a medidas de desanuviamento e a um diálogo respeitador da soberania dos povos, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, os exercícios da NATO apontam no sentido de um crescente belicismo e reforço desta organização como um bloco político-militar de natureza agressiva, responsável por alguns dos maiores crimes e conflitos ocorridos em várias partes do Mundo, de que os milhões de refugiados são expressão.

Numa situação em que os trabalhadores, os povos e países da Europa enfrentam sérias dificuldades resultantes da crise do capitalismo e do ataque a salários, pensões e outros rendimentos e direitos, os exercícios da NATO, desde logo pela sua dimensão e custos, constituem um libelo acusatório das verdadeiras prioridades da União Europeia e dos países da NATO, que insistem no aumento dos gastos militares.

Reiterando a sua posição de defesa da Constituição da República Portuguesa, nomeadamente no respeitante ao seu artigo 7º que preconiza a defesa do "desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos" e destacando a importância da luta pela paz e os direitos dos povos e contra o militarismo e a guerra, o PCP apela à participação nas acções que dezenas de organizações portuguesas desenvolvem pela paz e contra os exercícios da NATO.

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