As eleições hoje em Honduras para avalizar o golpe de Estado de 28 de junho passado trascorrem sem maiores contratempos e com uma escassa participação popular nas urnas.
Algumas seções eleitorais, sobretudo nas zonas populares, estavam desertas, enquanto que nas entradas de outros locais de votação era possível contar com os dedos das mãos o número de votantes.
Só em centros localizados em bairros da elite faziam-se filas de pessoas que em sua maioria não escondían seu desprezo pelas ideias de corte popular defendidas pelo presidente Manuel Zelaya.
Num de tais centros votou o governante de fato, Roberto Micheletti, que chegou vestido de branco para falar de paz poucas horas depois de que numa barreira militar fora baleado um jovem.
A televisora multiestatal Telesur validou os augúrios do presidente Zelaya, que prognosticou uma abstenção de mais de 50%.
Alguns analistas esperam que estas sejam as eleiuções com menor participação, num país caracterizado pela apatía da população diante da falta de seriedade de seus políticos.
El regime de Micheletti mobilizou mais de 30 mil soldados e policiais, além de membros da reserva, por motivo das eleições.
De acordo com o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general Romeo Vásquez, 100% dos efetivos estão nas ruas e todas as fronteiras são patrulhadas.
Enquanto isso, membros da resistência denunciaram que nas últimas horas antes do início da votação, as forças de segurança revistaram domicílios e escritórios de dirigentes populares.
Fonte: Prensa Latina
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