Assunção (Prensa Latina) O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou nesta sexta ao Paraguai por convite de seu homólogo Fernando Lugo para participar na comemoração do 74 aniversário do fim das hostilidades da Guerra do Chaco (1932-1935).
Ambos presidentes se reunirão em Marechal Estigarribia, villa militar situada 550 quilômetros ao noroeste desta capital.
Morales, segundo a agenda dos festejos, receberá aqui as honras militares e, acompanhado de Lugo, içará a Bandeira Nacional.
Para o dia, também se prevê a condecoração com a medalha Cruz do Defensor a cinco ex-combatentes paraguaios, um discurso de Morales, bem como um desfile cívico.
A visita do presidente andino acontece a três dias de superar-se um lance entre os dois países pela intromissão de um grupo de policiais bolivianos à região chaquenha.
Através de um comunicado de sua chancelaria, La Paz reconheceu a situação ocorrida na fronteira e pediu desculpas as quais foram aceitas por Assunção.
O chanceler paraguaio, Héctor Lacognata, destacou que o encontro entre Morales e Lugo se realizará em "uma perspectiva mais otimista e mais esperançadora".
A Guerra do Chaco foi a maior e sangrenta livrada na América durante o século XX entre Bolívia e Paraguai, os dois únicos países da América do Sul sem litoral marítimo.
O valor estratégico do Rio Paraguai e supostas imensas jazidas de petróleo motivaram-na.
Este conflito caracterizou-se pela enorme mobilização de material bélico e munições que não tem paralelo com nenhum outro na região ao longo do passado século.
Contaram-se 65 mil baixas bolivianas e 35 mil paraguaias, mas a maior parte das mortes dos soldados da nação andina foi por causa de desidratação pelas áridas condições da região.
Texto: Prensa Latina
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