Chade condenou franceses da Arca de Zoé

Um tribunal do Chade condenou ontem seis trabalhadores humanitários franceses a 8 anos de trabalhos forçados, por “tentativa de seqüestro de crianças” e de “fraude” após julgá-los culpados de tentar levar ilegalmente para a Europa 103 crianças africanas.


Os condenados, funcionários da organização não-governamental Arca de Zoé, alegam que tentavam ajudar os órfãos de Darfur, região sudanesa vizinha do Chade. Mas investigações mostraram que a maioria das 103 crianças era do Chade e vivia com pelo menos um de seus pais ou algum outro parente adulto.

Um chadiano e um sudanês, que serviram de intermediários na operação, foram acusados de “cumplicidade na tentativa de seqüestro” das crianças e condenados a 4 anos de prisão.
Outros dois chadianos - o prefeito e o secretário-geral da prefeitura de Tiné, na fronteira com o Sudão - foram absolvidos da acusação de cumplicidade. O Ministério de Relações Exteriores da França reagiu à condenação dos seis franceses.

 Em nota, afirmou que se tratou de uma “decisão soberana” da Justiça do Chade, mas informou que pedirá a repatriação do grupo.
Um acordo assinado em 1976 entre os dois países permite o traslado dos condenados para a França e a conversão da pena para 8 anos de prisão (sem trabalhos forçados), informou ontem uma fonte judicial francesa.

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