Depois de ficar mais de 12 horas em solo brasileiro, o avião Hércules C-130, da Força Aérea da Venezuela, deixou na madrugada de hoje o aeroporto internacional Plácido de Castro, em Rio Branco (AC), com destino a Caracas, informa Agencia Estado.
O avião só passou por vistoria técnica, foi abastecido e teve a decolagem autorizada pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) após a Polícia Federal confirmar que não havia armas nem munição em seu interior, como chegou a ser alertado pelas autoridades bolivianas, onde o avião foi impedido de pousar.
No interior do avião, os agentes confirmaram apenas a presença de 34 militares do Exército venezuelano, que nada falaram sobre a denúncia de que estariam sendo enviados pelo presidente daquele país para treinar a milícia de sustentação do governo Evo Morales. O superintendente da Infraero no Acre, Jailson Araújo, não quis prestar maiores esclarecimentos sobre os motivos que ocasionaram a aterrissagem de emergência da aeronave no Acre, se limitando a informar que "a missão era do Exército, e ele é quem tinha as informações".
Em esclarecimentos prestados à Policia Federal, os militares que estavam no avião se limitaram a dizer que estavam em missão do Exército e narraram os acontecimentos durante as tentativas frustradas de pousar na Bolívia, quando a aeronave chegou a ser atacada por populares com pedras.
Quando deixou o aeroporto de Caracas, na Venezuela, o Hércules C-130 tinha como destino a cidade boliviana de Riberalta, aonde chegou a aterrissar ontem. Diante do ataque da população, foi obrigado a partir trazendo de volta os 34 militares que deveriam ficar na Bolívia.
A aeronave ainda tentou pousar em duas outras cidades do Departamento de Pando, mas as pistas dos aeroportos foram interditadas pelos manifestantes contrários às medidas que vêm sendo adotadas pelo governo Evo Morales.
Após um pedido de socorro ao governo brasileiro, alegando falta de combustível e problemas técnicos, o comandante do avião conseguiu autorização para aterrissar tanto no aeroporto de Rio Branco (AC) como no de Porto Velho (RO), optando pelo acreano pela proximidade.
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