O colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, um dos maiores traficantes do mundo, preso anteontem em São Paulo, quer se tornar colaborador da Agência Antidrogas Americana (DEA, na sigla em inglês). Ramiréz Abadía revelou que deseja ser extraditado para os Estados Unidos e cumprir as condenações por tráfico e assassinato que pesam contra ele naquele país. Quem afirma tudo isso é o advogado de Abadía no Brasil, Sérgio Alambert. ?Meu cliente pediu que eu entrasse em contato com o DEA e demonstrasse a vontade dele em colaborar?, disse Alambert.
Segundo o advogado, o colombiano já esteve em contato com agentes da DEA. ?Na hora da prisão havia dois agentes da DEA, que tentaram interrogá-lo lá.? Mas Ramírez Abadía se recusou a falar com eles. ?Tenho minha vida inteira para falar com vocês quando estiver lá (nos EUA)?, disse o colombiano aos homens da DEA.
Segundo o advogado, o traficante ?assume e tem consciência dos crimes imputados a ele nos Estados Unidos e quer ser deportado para lá?. O Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda a comunicação da prisão do colombiano para definir se dá preferência ao pedido de extradição ou ao processo que ele responde na Justiça Federal por lavagem de dinheiro. Caso prevaleça a segunda hipótese, Abadía será primeiro julgado no Brasil e terá de cumprir pena, de 3 a 10 anos de reclusão, se condenado. Depois, será transferido aos EUA, onde é acusado de tráfico e assassinatos.
A organização criminosa montada pelo megatraficante colombiano tinha o projeto de criar uma empresa de táxi aéreo no Aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. O objetivo era facilitar o transporte de valores e de integrantes do grupo, evitando, assim, a fiscalização de vôos de carreira.
Fonte O jornal O Estado de S. Paulo.
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