Gordon Brown, apontado como o favorito para ser o próximo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, prometeu na sexta-feira colocar os "cidadãos no controle" e acabar com a política baseada na imagem pessoal caso seja escolhido para suceder o atual e carismático premiê, Tony Blair,.
Lançando sua campanha para tornar-se líder do Partido Trabalhista, Brown disse que o governo seria um servidor do Estado e não ficaria impondo decretos. O político afirmou que daria ouvido aos eleitores e não teria medo de admitir erros e mudar o curso das coisas quando fosse esse o caso.
"Essa é a visão progressista do século 21: os cidadãos no controle. Ser servido pelo governo, e não ser comandado pelo governo. Um Estado servidor."
Alguns afirmam que Blair, cujo início de governo viu-se beneficiado por uma ampla maioria, centralizou o poder e ignorou os deputados. O premiê também se viu prejudicado por acusações de que partidos políticos nomearam algumas pessoas para receberem honras oficiais em troca de doações em dinheiro.
"O governo precisa ser mais aberto e responsável ao Parlamento. Alguns exemplos disso seriam as decisões sobre a guerra e a paz, as nomeações para cargos públicos e um novo código de conduta ministerial", afirmou Brown.
A Grã-Bretanha continuaria cumprindo as obrigações que assumiu junto à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito do Iraque, mas Brown admitiu que erros haviam sido cometidos no passado e disse que a ênfase precisava mudar: maior desenvolvimento econômico e reconciliação política para dar a todos os iraquianos uma participação em seu futuro.
Os índices de popularidade de Blair diminuíram depois de ele ter enviado soldados britânicos para participar da invasão do Iraque, em 2003, liderada pelos EUA. Uma rebelião ocorrida dentro do Partido Trabalhista em setembro obrigou-o a prometer que abandonaria o cargo dentro de um ano.
Fonte Reuters
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