Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) aceitaram a entrada da Eslovénia no Euro, a 1 de Janeiro de 2007, segundo o projecto de conclusões da cimeira. «O Conselho acolhe favoravelmente a proposta da Comissão (Europeia) que prevê que a Eslovénia adopte o Euro, a 1 de Janeiro de 2007», segundo o projecto de conclusões da Cimeira Europeia que hoje termina em Bruxelas. «Este primeiro alargamento da zona euro a um dos novos Estados membros (que aderiram em 2004) constitui uma etapa importante e extremamente positiva do processo de integração económica e monetária da União», segundo o texto.
Os líderes europeus defenderam hoje ainda a realização, «o mais rapidamente possível», de uma segunda Cimeira União Europeia/África, em Lisboa, que consideram importante para reforçar o diálogo político entre as partes. "A União Europeia (UE) reitera a importância de que se reveste o reforço do diálogo político UE/África, no âmbito do qual se deverá realizar, o mais rapidamente possível, uma segunda cimeira UE/África, em Lisboa», lê-se no projecto de conclusões do Conselho Europeu, que terá ainda de ser aprovado pelos chefes de Estado e de Governo dos 25.
A primeira Cimeira UE/África decorreu no Cairo, em 2000, durante a segunda presidência portuguesa da União Europeia, mas a realização de um segundo encontro foi impossibilitada devido às sanções impostas ao Zimbabué, com o Reino Unido a opor-se à deslocação do presidente daquele país, Robert Mugabe, à Europa. A 9 de Junho, o primeiro-ministro português, José Sócrates, o seu homólogo espanhol, José Luís Zapatero, e o presidente francês, Jacques Chirac, escreveram à presidência austríaca da UE apelando para que a segunda cimeira União Europeia/África se realize em 2007, durante a próxima presidência portuguesa, considerando as relações com África uma prioridade da União Europeia.
Na declaração sobre o continente africano, os chefes de Estado e de Governo dos 25 salientam a «importância das actuais e futuras iniciativas para instituir uma parceria UE/África sobre migração e desenvolvimento». A UE afirma ainda continuar «empenhada» em contribuir para os esforços envidados por África para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, tendo em vista tornar o continente africano «estável e próspero», pondo a tónica nos princípios da parceria, responsabilidade e da apropriação, bem como da boa governação.
Os líderes europeus fazem ainda referência à Estratégia para a África, aprovada na cimeira de Dezembro de 2005, com especial ênfase no empenho da UE «na paz e segurança" no continente, como "base para o desenvolvimento sustentável, na integração regional e económica e na assistência ao desenvolvimento prestada aos países parceiros africanos».
Os líderes da UE decidiram ainda proceder a uma reconstituição a curto prazo dos fundos disponíveis ao abrigo do Fundo de Apoio à paz em África e manter este instrumento no período 2008 a 2010.
Segundo Jornal de Negócios
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