O chefe de Estado apelou à responsabilidade de todos e pediu calma e respeito a todos nos protestos o novo contrato trabalhista. Além disso, voltou a defender o Contrato de Primeiro Emprego (CPE), que considera um elemento importante da política contra o desemprego, que afeta 25% dos jovens franceses. No entanto, os pedidos de diálogo do presidente não evitarão as manifestações marcadas para sábado em 160 cidades da França. Nesta sexta-feira, mais de 50 universidades, de um total de 84, estavam bloqueadas ou parcialmente em greve. "Neste momento da crise, já não se trata de saber se estamos contra ou a favor do CPE, mas de como sair deste beco sem saída. Cada dia que passa a idéia de que a França pode reformar-se parece mais distante", lamenta um editorial do jornal Le Figaro. O ponto mais polémico do CPE é o direito de demitir os jovens nos primeiros dois anos de trabalho sem qualquer razão. Na quinta-feira houve protestos contra o CPE em 70 ou 80 cidades. Um total de 250 mil estudantes, segundo a polícia, e de 500 mil, segundo os organizadores, saíram nàs ruas de toda a França para protestar na quinta-feira. Apenas em Paris, a manifestação reuniu 33 mil pessoas, de acordo com os números oficiais, e 120 mil segundo os organizadores. Os confrontos no bairro Latino e na praça da célebre Universidade Sorbonne pareciam um verdadeiro campo de batalha. Os protestantes botavam pedras, garrafas e tinta nos policiais. Vários automóveis foram queimados e diversas lojas saqueadas. Segundo a polícia, 187 pessoas foram detidas em Paris na quinta-feira, das quais 77 permanecem em prisão provisória.
Segundo: Tribuna do Interior
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